terça-feira, 22 de março de 2011

Dedicação total

Não podemos esperar outra coisa de um povo como o japonês. Os funcionários da empresa de energia a qual pertence a enorme planta nuclear de Fukushima, com seis reatores, estão trabalhando trocando fiação, bombas hidráulicas e elétricas, lançando água da única forma possível e tentando reparar os danos do terremoto e maremoto que superaram as especificações de segurança, duríssimas, exigidas no Japão. Essa gente está trabalhando sabendo que seu desprendimento é a tentativa de salvar todos os outros. O ambiente é tão terrível que, segundo a ONU, estão expostos a 1.600 vezes o nível de radiação que cada um de nós recebe por dia. Para ficar bem claro, uma hora em Fukushima equivale a quase cinco anos em qualquer outro lugar. Radiação não tem fronteira e está se espalhando. A água das torneiras da megalópole Tóquio já apresenta resíduos radioativos prejudiciais. Dos seis reatores, o sistema de segurança de dois funcionaram perfeitamente, mas os outros foram destruídos. As explosões aumentaram os danos. A situação mais complexa é de um dos reatores danificados que não funciona apenas com urânio, mas com uma mistura de urânio e plutônio, que pode liberar um nível de radiação muito maior que o reator simples. Ainda não há como comparar este acidente nuclear com os anteriores pois são seis reatores envolvidos e não há uma zona segura ao redor de um reator danificado para minimizar os danos genéticos aos trabalhadores.

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