quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Matando a sede

ativista e Prêmio Nobel da Paz Aung Suu Kyi também figurou na lista de países com quem Washington não negocia entre 1962 e 2011, período da ditadura militar birmanesa. A PepsiCo, rival do gigante, também anunciou planos de retomar sua presença em Mianmar. Cuba foi um dos primeiros países fora dos EUA a ter produção local do refrigerante, ainda em 1906. Desde a revolução de Castro a população não pode tomar Coca-Cola que é vendida normalmente para os turistas em todos os hotéis. A ilha possui um refrigerante local chamado TuCola (a sua cola) produzido na fábrica de 1906 desapropriada pelo regime comunista. As latas são da R.J. Reynolds mexicana. Criada em 1886 em Atlanta, no Estado americano da Geórgia, a empresa buscou uma presença mundial desde o início, e, já no começo dos anos 1900, o produto era engarrafado na Ásia e na Europa. O maior impulso para a internacionalização, no entanto, veio como resultado da Segunda Guerra Mundial, quando a Coca-Cola passou a ser entregue às tropas americanas atuando em outros países. Com mais de 60 estações de engarrafamento militares ao redor do mundo, não só os soldados mas também os moradores locais tinham acesso ao produto durante os anos de guerra – uma incrível oportunidade de abertura de mercados. Associada aos Estados Unidos, ao capitalismo e ao "imperialismo americano", a bebida enfrentou protestos e boicotes na França nos anos 1950, onde se cunhou o termo "coca-colonização", e teve seu consumo boicotado no Oriente Médio entre 1968 e 1991 em uma retaliação da Liga Árabe às vendas a Israel. Quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, muitos alemães orientais compravam engradados inteiros de Coca-Cola e consumir o refrigerante se tornou um símbolo de liberdade na época. Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez tem reiterado um pedido para que as pessoas bebam sucos de fruta locais ao invés de Coca-Cola e Pepsi, e no Irã seu colega Mahmoud Ahmadinejad já manifestou que estuda banir o produto. A fábrica palestina da Coca-Cola funciona a todo vapor, há mais de 14 anos em Betúnia que se tornou um subúrbio industrial de Ramallah. Usada como arma de propaganda contra Israel e Estados Unidos em todas as manifestações pró-palestinas feitas pela esquerda, lá, na "palestina" verdadeira a população adora o produto. Na foto, outdoor em Ramallah durante a Copa de 2010. Mesmo assim, 126 anos após sua criação, a Coca-Cola se mantém em busca de novos mercados, e tem crescido sobretudo em países emergentes como Índia, China e Brasil.

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