quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Israel, Obama e Romney

O Estado Judeu tem sido adjetivado pejorativamente pelas esquerdas internacionais, por muitos dos países europeus, pelos orientais e por muitos asiáticos, de intransigente diante de suas negociações com os palestinos.

Hoje em Israel e, muito provavelmente também no seio da elite política palestina, muita gente que acreditava na solução de dois estados para dois povos, já mudou de ideia.

Dois estados para dois povos, é a única solução na qual acredito para o Oriente Médio e para o conflito que já dura sessenta e quatro anos, entre os países árabes vizinhos e o Estado de Israel.

O que é a ideia de dois estados para dois povos? Em primeiro lugar, o reconhecimento e a manutenção do Estado de Israel para os cidadãos do país. Reconhecimento que terá de partir dos países árabes situados em torno de Israel, além de todos os outros países muçulmanos, desde o norte da África, passando por todos os outros do Oriente, até a entrada da Europa, na beira do Bósforo.

A moeda de troca se chama reconhecimento imediato do Estado Palestino por parte de Israel e de seus aliados. Dois estados vivendo lado a lado, após as correções de fronteiras, em sequência às possíveis e pequenas movimentações populacionais necessárias a essas correções e com garantias de segurança e respeito relativo às fronteiras de parte a parte.

Os acordos de Genebra dão a solução definitiva ao conflito.

O que significa para Israel, no frigir dos ovos, o reconhecimento de mais um estado palestino, vez que ninguém pode negar o fato de que Estado Palestino sem dúvidas, é a Jordânia? Significa que qualquer ataque que venha do lado árabe das novas fronteiras, não será iniciado por meia dúzia de terroristas. Qualquer ataque com foguetes, de infantaria ou, ainda, bélico de qualquer natureza, será iniciado por um exército regular. E aí, meu amigo leitor, guerra é guerra. O pau vai comer e quando Israel se defender não será acusado de utilização de mais força contra menos capacidade. Será um exército contra o outro e nós já sabemos o resultado. Quem não tem competência militar que não provoque o vizinho, como acontece hoje, com o beneplácito da ONU que sempre paralisa o exército de Israel em suas incursões, apesar de defensivas.

O voto judeu em Obama, aquele mesmo que o elegeu na eleição anterior, não vai mais acontecer. Será, sem dúvida, Romney o beneficiário dos votos negados à tibiesa democrata americana, na defesa do direito a paz que tem sido negada aos habitantes do norte do Neguev em Israel. Certamente os judeus americanos, cansados da conversa de Obama, escolherão seu adversário, responsável pela política republicana, que em relação ao Oriente Médio, oferece muito mais garantias ao Estado Judeu, do que aquela dos democratas, governados pelo marido da bonita e sensual Michelle. Obama, acuado pela opinião pública mas ainda com a caneta na mão, não chega a ser uma Patrícia Amorim. Mas que seu barco está fazendo água, lá isso está!

Como brasileiro, acostumado com a mais célere e mais democrática, além de idônea contagem de votos do mundo que acontece nas eleições a cada dois anos em nosso país, espero que os americanos do norte, paguem por nossa tecnologia, apliquem-na em suas eleições e nos deem o resultado das mesmas, horas após a colocação do último voto nas urnas.

Pelo bem de Israel e pelo interesse do povo americano, que vença o melhor e que governe para todos, como se exige, na democracia, de um governante, em um país continental com dezenas de etnias, diversidade cultural, pluralidade religiosa e estilo de vida quase planetário.

Ronaldo Gomlevsky

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados, não sendo publicadas ofensas, propaganda racista ou revisionista, ou proselitismo, resguardado o direito de liberdade de expressão. Se vc quiser ofender, crie seu próprio blog. É fácil! Por mais ofensivo que for, nenhum usuário que não tiver seu comentário publicado será considerado como spam ou será bloqueado.