quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Discriminação midiática

O mundo não está nem aí para os ataques das tropas de Assad contra os "campos de refugiados" palestinos, verdadeiras cidades nos subúrbios de Damasco. Diferente de Israel que quando ataca o Hamas, visa objetivos militares e procura minimizar vítimas civis, as tropas sírias destroem o que e quem estiver pela frente. Seus aviões de combate disparam contra casas prédios residenciais, ruas comerciais e mesquitas. A artilharia pulveriza um quarteirão após o outro transformando as cidades em escombros. As mesquitas sunitas (maioria da população) são alvo de Assad já há dois anos. Ainda assim, no ataque aéreo deliberado a uma delas, em área palestina, 25 civis palestinos-sírios foram mortos na destruição do templo. A mídia se calou. De nossos jornais importantes no Brasil, apenas a Folha de São Paulo deu uma pequena nota, sem foto, apesar de não faltarem fotos do ataque. Palestinos podem ser mortos a vontade contanto que não o sejam por justa reação dos judeus. Aí, o peso da mídia vem com força. Ao mesmo tempo os palestinos da Síria que inicialmente estavam ao lado de Assad (alguns grupos ainda parecem estar), começaram a publicar vídeos conclamando à execução de Assad como traidor do islã. A situação é particularmente complicada pois o Irã apoia Assad, apoia os palestinos de Gaza e de parte do Hezbollah, enquanto facções palestinas querem a cabeça do sírio alawita xiita. Confusão pouca não tem graça!

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