terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Juventude católica

Em seus oito anos de papado, Bento 16 criou uma conta no Twitter, coordenou a abertura páginas da Santa Sé no YouTube e no Facebook e autorizou a criação de um site feito para o catecismo da juventude, o YouCat. A iniciativa da Igreja Católica em entrar nas mídias sociais é bem vista por jovens brasileiros ouvidos pela BBC Brasil, que veem esses sites como novos e confiáveis meios para se informar sobre o Papa e a religião. Mas, em geral, eles acreditam que faltam à faceta online da Igreja Católica conceitos básicos da chamada web 2. 0, ou seja, mais espaço para interação e participação dos usuários. Porque se, de um lado, a Santa Sé marca presença em diferentes mídias sociais, por outro, há um cenário em que o canal do YouTube do Vaticano modera os comentários (e aparentemente não aprova nenhum), no Flickr também não se pode comentar as fotos e o Papa não segue ninguém mais no Twitter, posta a cada três ou quatro dias e não responde as menções a eleMais tuítes Mas para o pesquisador Moisés Sbardelotto, autor do livro E o Verbo se fez bit: A comunicação e a experiência religiosas na internet, as falhas do Vaticano online não parecem que serão resolvidas a curto prazo. Para Sbardelotto, a falta de desenvoltura nas redes sociais reforça a visão que muitos têm da Igreja, de uma instituição com pouco espaço para opiniões de fora e que é vista pela sociedade como retrógrada. Para reverter esse cenário e se aproximar mais dos jovens, ele aposta no próximo papa. "O primeiro passo seria justamente ouvir mais e falar menos. A igreja não oferece âmbitos para que os jovens possam ser ouvidos de verdade." A Comissão Governamental para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 se reuniu com integrantes do governo, nesta segunda-feira, para avaliar o que foi discutido com representantes do Vaticano, em Roma, sobre Segurança no evento. Vislumbrando possíveis mudanças com a vinda de um novo papa, a equipe já se prepara em termos de infraestrutura e logística, com engajamento das três esferas do governo. O presidente da comissão, Luiz Carlos Pugialli, acredita que a programação poderá sofrer alterações, com inclusão de eventos na agenda do pontífice. Para ele, a alteração no pontificado vai aumentar ainda mais o número de participantes da JMJ. - Nada muda no calendário que já está oficializado, mas, dependendo da vitalidade do novo papa, a agenda pode ficar mais intensa. Lugares que haviam sido cortado podem entrar. O Rio estará ainda mais em evidência no cenário mundial. Milhões virão acompanhar essa primeira viagem internacional do novo papa - estimou Pugialli. (Foto de divulgação)

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