quarta-feira, 27 de março de 2013

Censuranet

China e Irã estão na lista dos países que mais censuram a rede mundial de computadores, elaborada pela organização de direitos humanos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), sediada em Paris. Ela foi divulgada no dia 12 de março e inclui o Barein, a Síria e o Vietnã.

Nestes países, segundo a RSF, os governos praticam uma vigilância rígida sobre os provedores de comunicação, o que resulta numa significativa interferência na liberdade de informação da população. A organização afirma que a censura e vigilância estão aumentando, o que ameaça a idéia original da internet: “a rede como um local de liberdade, troca de informações, diversidade de opiniões e superação de barreiras", explica.

A China é o país onde o maior número de pessoas ligadas ao setor de notícias e informação está encarcerado, com 30 jornalistas e 69 ativistas online nas prisões chinesas, de acordo com a RSF. O governo em Pequim é ativo na censura, filtragem e monitoramento online de informações que possam ser "perigosas". Apesar disso, há uma revolução em andamento na China, possibilitada pelas plataformas de vídeo, redes sociais, blogs e microblogs. "O microblogging permitiu pela primeira vez a milhares de chineses se expressar sem os ditames do Estado e da propaganda. Eles podem trocar notícias e comentários praticamente sem filtragem”, conta o jornalista Hu Yong, especialista em comunicação da Universidade de Pequim.

No Irã, a internet não é mais ou menos política do que em outros países, ela só é mais vigiada, segundo a organização. "Qualquer desvio da versão oficial é automaticamente considerado 'político' e passa a ser suspeito. Páginas de culinária, moda e música costumam ser tão bloqueadas quanto sites de notícias e de oposição", diz a RSF. O Irã tem uma longa tradição em demonizar a internet como fonte de crime e imoralidade. Frequentemente os usuários de internet são apresentados como pessoas que agem de má-fé ou são criminosos. (Foto de divulgação)

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