quarta-feira, 13 de março de 2013

Três temas

Começou a corrida dos cardeais para a escolha do novo papa. A humanidade responsável espera que a Igreja assuma seu lugar de destaque naquela que poderia ser a grande arrancada do ser humano em direção não só à modernidade, mas, sem dúvida, também, em direção à um comportamento verdadeiramente voltado para o amor ao próximo. Ao virar as costas, definitivamente, para as práticas irregulares, para não dizer criminosas, de certos e sabidos de seus membros e ao enfrentar com abertura e espírito crítico real não dogmático, os mais intrincados temas que chocam a sociedade, uma igreja moderna poderia ganhar, ao invés de perder, os espaços necessários à verdadeira construção de um mundo melhor e mais prazeroso para todos. Portanto, qualquer homem de bem, católico ou não, espera que junto com a fumaça branca que vai se espalhar pelos céus do Vaticano, esteja a boa escolha dos velhos cardeais, centrada em um nome que com as atitudes que vai tomar, redima a instituição que tanto influi na vida de mais de um bilhão de cidadãos pelos quatro cantos do planeta.

Que seja rápido e eficiente o momento tão esperado por tantos.

Nunca o Brasil assistiu com tanta tristeza um episódio de tungagem como este que aconteceu relativo às compensações indenizatórias pelos estragos que a busca e a descoberta do petróleo trazem aos estados onde o ouro negro é encontrado. Políticos de todas as partes do país resolveram prejudicar o Rio de Janeiro, o Espírito Santo e São Paulo, votando a divisão dos valores conhecidos como royalties do petróleo, para todos os outros estados da União que em princípio nada tem que ver com o assunto. É como se o Rio de Janeiro começasse a propor a divisão dos lucros referentes à exportação de castanhas do Pará que pertencem ao estado que as produz, ou ainda que exigisse de Minas Gerais, uma parcela dos ganhos relativos à extração e venda de minério de ferro.

O governador Sérgio Cabral tem sido muito firme em suas ações na defesa do Estado do Rio de Janeiro e, talvez se não fosse por sua ação, a vaca já tivesse se dirigido ao brejo. O Rio agora depende do Supremo Tribunal Federal. Espera-se que os julgadores, na pior das hipóteses, não permitam a retroatividade da lei, vez que este passo, ofereceria um grande descrédito ao país no exterior e invalidaria contratos em andamento, prática indesejável em qualquer circunstância. Que o veto da Presidente da República seja mantido através da aceitação pelos juízes do Supremo ao recurso dos nossos governantes.

Ontem, recebi de um amigo, pela internet, uma piada envolvendo judeus , deus e dinheiro. Sob o efeito de diversas notícias que me chegam diariamente da França e de outros países europeus, não achei qualquer graça na piadinha de mau gosto, mais uma vez, ligando judeus aos piores tratos com o dinheiro. Esta foi a prática do mundo cristão durante mais de mil anos, culminando com a ação hitlerista entre os anos 33 e 45 do século passado que ceifaram as vidas de seis milhões de judeus inocentes, dentre estes, mais de um milhão e meio de crianças com menos de doze anos de idade. Como se não bastasse, o Brasil foi palco de um crime praticado a faca, por neo-nazistas, contra um companheiro que abjurou a organização. Ou seja, o nazismo está mais vivo do que nunca e quero lembrar aos homens de bem do nosso país que além dos seis milhões de judeus que este movimento criminoso matou, levou também, a vida de cerca de cinquenta milhões de seres humanos no mesmo período histórico.

Você que tem juízo e que sabe dos perigos do nazismo, denuncie qualquer um envolvido nesta prática racista, preconceituosa, discriminatória e criminosa, na delegacia mais próxima de sua residência. Assim, certamente, você estará fazendo um bem a humanidade. Quanto ao meu amigo da piada, vou desculpá-lo, considerando-o um inocente útil, na propagação de estigmas que no final das contas, geram morte e destruição. A ele, o perdão que só os néscios merecem.

Ronaldo Gomlevsky

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