quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Espanha quer os judeus de volta

A decisão do governo espanhol de conceder nacionalidade aos descendentes de judeus sefaraditas despertou entusiasmo em Israel. A Embaixada da Espanha em Tel Aviv vive lotada de pessoas buscando por mais informações sobre a nova lei. Estima-se que até 3,5 milhões de pessoas pelo mundo poderão se beneficiar da decisão. “De repente viramos espanhóis”, foi o título da capa do jornal israelense Yedioth Ahronoth, na semana passada. Já o Haaretz publicou uma charge em que 17 pessoas com camisetas, cachecóis e cartazes do Barcelona são vistas diante da embaixada da Espanha. O anteprojeto de lei ainda precisa tramitar no Parlamento, e sua aprovação ainda levará meses. Mas isso não impediu que listas de sobrenomes sefaraditas já circulem nos sites dos jornais israelenses. Uma delas, na página do Yedioth Ahronoth, traz 5.200 sobrenomes, como Alba, Ballestero, Fuentes, Toledano, Salom e Suaréz. Os judeus foram expulsos da Espanha em 1492, mas sua cultura se conservou. Ao longo dos cinco séculos seguintes, os sefaraditas conservaram o idioma ladino, ou judeu-espanhol, uma variante medieval do castelhano.


No Brasil

A visão da mídia israelense ignora totalmente os estudos da Inquisição feitos no Brasil desde 1965 e o movimento exclusivo brasileiro dos retornistas e marranistas, que afirmam serem descendentes de judeus convertidos ao catolicismo pela Inquisição. Ao número ufanista israelense, é preciso acrescentar uma conta de 15 milhões a 25 milhões de brasileiros que podem ser considerados com este direito à cidadania espanhola, segundo suas entidades no Brasil. Mesmo assim, nunca conseguiram comprovar suas ascendências familiares para serem judeus. Então, como poderiam prová-las para serem espanhóis? (Foto de divulgação)

Um comentário:

  1. Aqui está bom demais! Pra que vou retorna pra lá?

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