terça-feira, 1 de abril de 2014

Espião do bem

O governo americano admite negociar a libertação de Jonathan Pollard, condenado em 1987 à prisão perpétua sob a acusação de espionagem, em troca de avanços nas negociações de paz entre israelenses e a Autoridade Palestina e da libertação por Israel de mais um lote de centenas de terroristas árabes condenados por crimes de morte. A libertação de Pollard, um cidadão americano de origem judaica, pode acontecer ainda antes do Pessach – a páscoa judaica –, de acordo com uma "fonte familiarizada com as negociações" citada pelo jornal Yedioth Ahronoth. Pollard foi acusado de ter repassado milhares de documentos sigilosos ao Serviço Secreto de Israel enquanto trabalhava como analista na Marinha norte-americana. Mas a sua libertação poderá também reavivar a ira da comunidade de serviços secretos dos EUA, onde muitos o consideram como um dos maiores traidores da História nacional.

Mesmo com a desmoralização total dos Estados Unidos nos casos de espionagem de inimigos e aliados, e de todas as pessoas que usam computadores ou smartphones, como revelado por Edward Snowden, o Pollard não foi solto. Quem o sistema judiciário norte-americano e seu departamento de estado acham que são para manter em prisão perpétua alguém que espionou?

Por sua vez, Pollard declarou que não aceita ser libertado dentro de um acordo para libertação de terroristas palestinos por Israel.

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