sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

ONU RECHAÇA CRIAÇÃO FORÇADA DO ESTADO DA PALESTINA

Precisava de nove votos, mas foram oito a favor, dois contra e cinco abstenções, duas delas, surpreendentes

José Roitberg - MENORAH BRASIL

Numa sessão do Conselho de Segurança da ONU convocada para a inconveniente data de 31 de dezembro, as diplomacia palestina, hoje apoia pelo Parlamento Europeu, tentou cavar uma solução que obrigaria Israel, ou a aceitar ou a se posicionar frontalmente contra a ONU.

Entenda: uma resolução da Assembleia Geral, é 'não-vinculante' ou seja, nenhuma das partes envolvidas é obrigada a fazer nada que tal resolução preconize. Por exemplo a 181, a da Partilha da Palestina, com um prazo de 6 meses, para movimentação de populações e saída das tropas inglesas de lá era não-vinculante mas deu respaldo político aos judeus para declararem seu estado independente. Por outro lado, os árabes não eram obrigados a aceitar isso e preferiram a guerra, uma guerra de extermínio dos judeus em 1948, prosseguindo o Holocausto de 1939-1945, mas desta, vez, com os judeus em armas, o Estado sobreviveu e consolidou sua independência e fronteiras.

Já uma resolução do Conselho de Segurança 'é vinculante' e as partes seriam obrigadas a cumprir.

Desejavam os palestinos que a ONU definisse um cronograma para sua independência exigindo que Israel negociasse um acordo final até o final de 2015 e se retirasse totalmente da Judeia e Samaria, e Jerusalém Oriental até o final de 2017.

Ou seja, o lado da mesa que é o terrorista, que é o assassino indiscriminado de civis, que se recusa a cumprir os acordos anteriores, que lança foguetes sobre a população civil, que incentiva suas crianças ao martírio por Allah e que não dá um passo próprio, nem na direção de sua independência, nem na direção da paz, queria que a ONU obrigasse o lado que dá todos os passos para a paz e deseja a paz a negociar. Chega a ser uma proposição bizarra e que será apenas utilizada como forma de propaganda: "Olha, nós oferecemos a paz, mas eles é que não querem, principalmente os Estados Unidos, o grande Satan..."

Votaram contra, Estados Unidos e Austrália e nem foi preciso o poder de veto dos EUA pois outros países se abstiveram: Inglaterra, Lituânia, Coreia do Sul e dramaticamente, nos últimos instantes a mudança de lado de Ruanda (54,5% de católicos e 4,6% de muçulmanos) e da Nigéria, grande potência muçulmana, que se abstiveram.

Vergonhosamente, a França votou a favor, bem como nossos vizinhos de políticas inoportunas, a Argentina e o Chile. Rússia (que luta sua Guerra Fria contemporânea) e China (esta, apesar de todos os acordos comerciais com Israel) também votaram a favor assim como a Jordânia com seus mais de 70% de palestinos em sua composição populacional, sendo este, o verdadeiro e já consolidado Estado Palestino da Partilha. O Chad (55% muçulmano), e Luxemburgo, uma mera cidade encravada na Europa, de menos de 550 mil habitantes, como um espeto medieval arcaico, mesmo assim pró-palestino.

Os palestinos tinha certeza de obter os nove votos necessários e sua enorme decepção fez com que esta notícia fosse marginalmente divulgada em meio as comemorações de fim-de-ano no ocidente.

Alguns analistas internacionais afirmam que França e Luxemburgo votaram a favor (o voto é aberto, individual e em sequência), pois também tinham a certeza de que os nove votos seriam atingidos e  Estados Unidos vetaria a resolução, colocando estes governos 'bem na foto', pois seus desejos teriam sido impedidos pelo imperialismo ianque.

Talvez muita gente tenha se surpreendido com a Nigéria e estas mesmas pessoas e governos não conseguem alcançar o que o islã jihadista hoje em apoio ao Califa fez naquele país, onde 10.000 pessoas foram assassinadas em 2014 por serem cristãs ou muçulmanas não vinculadas ao Boko Haram.

País islâmico que luta contra jihadistas não vota mais a favor de terroristas islâmicos.

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