terça-feira, 1 de abril de 2014

Malasian 370 e o hidroavião

Wally na versão brasileira ou Waldo na vesão original americana é um personagem infantil vestido com uma indiscreta camiseta de manga comprida listrada de vermelho e branco que se esconde em meio à multidões. O objetivo é achá-lo. O Boeing 777 da Malasian é o Wally da vez. Wally está sempre na cara das pessoas e dificilmente é visto. Normalmente a criança procura onde ele não está. As fotos dos mais diversos satélites focados apenas na possibilidade do voo ter sido para o sul, para o Oceano Índico e não para o norte, para os "paisequistões" da vida, mostram centenas e mais centenas de destroços, de tralhas e até contêineres marítimos inteiros vagando pelas águas.

Chegando lá, dias depois das fotos tiradas, os navios militares ou nada encontram ou o que encontram não pertence ao avião. Então, essa tralha toda na água pertence a quê? Vamos cair na lenga-lenga oficial de que são coisas atiradas nas águas por barcos de pesca? Quem sabe ainda são restos do tsunami devastador que atingiu a Indonésia anos atrás e continuam flutuando e carregados pelas correntes marítimas?

Mas uma coisa é certa: nenhum país do mundo possui equipamentos adequados para este tipo de busca, o que é um tanto quanto assustador. Desde antes da Segunda Guerra Mundial e pelos 35 anos seguintes, quase todos os países envolvidos no conflito possuíam hidroaviões e curto, médio e longo alcance, como o inglês Short Sunderland S25 da foto, avião construído em 1938.

Este tipo de avião tinha função transporte de soldados, de patrulha aérea sobre o mar de longa distância, identificando e combatendo submarinos, e principalmente, amerissando para resgatar sobreviventes de torpedeamentos e pilotos de combate abatidos. Este tipo de avião não existe mais e está fazendo falta nas buscas ao voo 370, pois poderia descer na região dos destroços visualizados e confirmar imediatamente o que eles são. Durante décadas a aviação comercial intercontinental era feita por aviões com esta configuração e no Rio de Janeiro, sua "pista e porto" era ali perto das Barcas, na Praça XV, exatamente onde hoje está o Clube da Aeronáutica. As instalações e embarque e desembarque de passageiros ainda existem.

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