Editor da revista francesa "Charlie Hedbo" defende a sua visão da lei. Você pode interpretar como uma defesa apaixonada da liberdade de expressão ou como uma defesa ridícula da disseminação do racismo tendo como "justificativa" a liberdade
de expressão. Lembre que só esta se falando dos cartuns ofensivos ao islã nesta edição da revista e praticamente nada se reclama dos ofensivos ao judaísmo. Apesar da defesa que você irá ler, o "editor ateu" optou por não ofender cristãos, católicos, budistas, taoistas e outros, desta vez. A ofensa é só contra muçulmanos e judeus.
"Maomé é sagrado para os muçulmanos e eu posso entender isso, mas apenas para os muçulmanos. Eu sou um ateu. Maomé não é sagrado para mim. Eu entendo perfeitamente que os muçulmanos não violam as leis deles sobre blasfêmia e ou não culpo os muçulmanos por não rirem de nossos desenhos. Mas eles não vão me dizer sob que lei eu devo viver. Eu vive sob a lei francesa e não sob a lei corânica."
Nós judeus, alvos destes "desenhos engraçados" feitos pelos franceses à centenas de anos sabemos muito bem como a França é o berço do antissemitismo político moderno e esta revista "Charlie Hedbo", não trata os judeus de forma diferente do que seus antepassados fizeram. Liberdade, igualdade e fraternindade, desde que o francês seja católico...
A publicação vive do que o povo gosta, vive de "bunda", mostrando gente de bunda de fora, mostrando gente lambendo a bunda dos outros. É um tema absolutamante recorrente da revista que está no mercado desde 1969. A manchete de 1976 quando Anuar Sadat, então presidente do Egito, visitou Israel para negociar a paz, um dos momentos mais importantes da história moderna do Oriente Médio foi: "Um negro lambe a bunda de um judeu!" E de bunda em bunda essa porcaria francesa tem grande aceitação pela população, é um tabloide caro de 2 euros e se vangloria de ter todas as religiões, polícia e políticos contra ela. A "Charlie Hedbo" não é baseada na crítica social inteligente, mas apenas no uso da baixaria para ofender sem criticar.
O caso atual onde Maomé é mostrado de bunda de fora e com referências a bunda e ao cú dele em vários cartuns não é em nada diferente do que o tablóide sempre fez com todas as vertentes religiosas e políticas. E por não haver reclamações suficientes e ira suficiente contra a publicação, muito pelo contrário, há o sucesso, seus editores e proprietários tem a certeza de estarem no caminho certo: ganhar dinheiro ofendendo a todos!
Segundo seus editores, o tablóide se julga "uma ponta de lança contra todos os fundamentalismos religiosos." Só que na visão deles, a religião como um todo é fundamentalista apontam para membros desta ou daquele religião usando apenas estereótipos negativos.
Mas a quase totalidade dos judeus, age hoje, como agiu sempre: tem medo de reagir, tem medo de ir as ruas, tem medo de protestar. Os muçulmanos, não tem medo. O reitor da Grande Mesquita de Paris, disse o seguinte que as caricaturas "são uma provocação estúpida e inútil... Os muçulmanos não são animais e tem que reagir cada um dos insultos" contra eles. Nenhum rabino ou líder judeu falou nada!
No link, um monte de capas racistas da Charlie Edbo citadas no texto e outras
http://www.facebook.com/media/set/?set=a.3403515621402.114418.1675211954&type=3
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