Temos em nossa Comunidade judaica brasileira um grande número de judeus e seus descendentes que foram expulsos do Egito como apátridas, após a Guerra do país contra Israel em 1956. Sua chegada ao Brasil se deu durante o governo de Juscelino Kubistchek (o JK), em negociação direta dos líderes judeus do Cairo com a esposa de JK. Hoje, a Irmandade Muçulmana parece disposta a por um fim a vida judaica no Egito. Os judeus foram proibidos pelo governo de realizar os serviços religiosos de Rosh Hashaná e Yom Kipur. A sinagoga ancestral Eliyahu Hanavi (nas fotos) de Alexandria, talvez a mais antiga em atividade constante do mundo ficará em silêncio. Segundo se apurou o decreto assinado pelo presidente Morsi "bane Rosh Hashaná e Yom Kipur" do Egito. A presidente da Associação Internacional de Judeus Egípcios em Israel, Levna Zamir, declarou que "Parece que este é realmente o fim da vida dos judeus no Egito. As autoridades encontraram uma forma de se apropriar do último bastião, já que todas as outras sinagogas são locais arqueológicos ou voltados para o turismo. Isso é muito triste." De acordo com as informações, há um rabino do Chabad no Cairo que chegou há poucos anos e a população judaica se limitaria a dois homens e vinte viúvas. Os funcionários da embaixada voltam à Israel para as festas. Os judeus voltaram para o Egito após os 40 anos de exílio no deserto e após a conquista de Canaã, com os movimentos normais das populações e impérios na região, constituíram comunidades grandes e prósperas por cerca de 3.000 anos. Há documentos escritos em aramaico sobre um guarnição militar judaica estacionada no Egito no ano de 650 AEC. A Torá cita que grande número de judeus foi para o Egito depois da destruição do reino de Judá em 597 AEC. O último censo foi o de 1922, onde constavam 75.000 judeus, o que deve ter aumentado bem até 1956. O governo sabe exatamente quantos expulsou e quais foram as dezenas de milhares de imóveis e propriedades comerciais, comunitárias e industriais roubadas destes judeus, mas dificilmente vamos descobrir a verdade. Estima-se em 15.000 o número de "apátridas" no Brasil, portanto respondendo por parcela significativa de nossa Comunidade, 10.000 na França, 9.000 na Argentina e EUA e 35.000 em Israel (total de 78 mil)
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