quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Voando para a liberdade

A Operação Moisés vai chegar ao fim após 27 anos. Era o ano de 1984 quando a fome assolava o Sudão e Etiópia e o Rei Haile Selassye, o Leão de Judá, não estava mais no poder (até 1974). Cerca de 25.000 judeus etíopes, descendentes diretos dos tempos do Rei Salomão iniciaram uma terrível marcha de fome da Etiópia para o Sudão. Estima-se que 4.000 morreram pelo caminho, mas 8.000 chegaram, e numa ponte aérea sem precedentes, aviões israelenses os levaram para Israel. A operação corria em segredo até o então primeiro ministro Shimon Peres, comunicar à imprensa. Os países árabes pressionaram o Sudão e a operação se encerrou faltando embarcar mil judeus. Alguns anos depois, 1.000 crianças judias separadas de seus pais na Operação Moisés, foram levadas para Israel na Operação Josué e em 1991 outros 14 mil Falash Mura foram trazidos na Operação Salomão. Este esforço de décadas vai terminar agora, pois os últimos 1.500 judeus etíopes estão chegando em casa. É um futuro real para estas pessoas que estão numa das regiões com mais conflitos e miséria da África. Israel e os judeus continuam sendo os únicos a salvar negros africanos e dar-lhes vida e futuro. No rosto das moças, o choro da felicidade no Aeroporto Ben Gurion.

Palácio dos Judeus no Jordão

Há um momento dentro da liturgia cristã que poucos conseguem participar. O evento se chama Epifânia e celebra o batismo de Jesus no Rio Jordão. Isso ocorreu há mais de 2.000 anos numa área aprazível do Rio Jordão perto de Jericó, região que está sob controle total palestino há quase 20 anos sem registro de incidentes. Não há incidentes, bem como em mais de 90% das colônias e cidades da Judéia e Samária porque existe uma decisão política palestina de conviver em paz. Este ano mais de 15.000 peregrinos cristãos de dezenas de países entraram em Israel e foram a Qasr el Yahud celebrar seus rituais sem o mínimo problema, aliás, como ocorre há décadas.

E se você esta achando o nome árabe do local meio esquisito, é bom ficar sabendo que sua tradução é "Palácio dos Judeus", nome que vem do aramaico/hebraico, passou pela dominação romana, séculos depois pelas dominações babilônicas, islâmicas, cruzadas e otomanas e se mantém até hoje como o "Palácio dos Judeus".