terça-feira, 25 de março de 2014

A vergonha do lixo no Everest

Você sabia que o Monte Evereste tem recebido o apelido de 'o maior lixão do mundo'? Ao longo das últimas seis décadas, estima-se que 50 toneladas de lixo foram deixadas por visitantes no monte. Essa é a consequência do montanhismo turístico que cresce a cada ano. Mais de 3 mil pessoas estiveram no topo do Monte Everest desde que, há 60 anos, ele foi escalado pela primeira vez. Anualmente, centenas de alpinistas galgam seus 8.848 metros de altura. Essa expansão da indústria do montanhismo turístico está causando grande impacto ambiental na região. Segundo autoridades nepalesas, o número de visitantes no Parque Nacional de Sagarmatha, onde o monte se localiza, triplicou nos últimos 20 anos. Com isso, aumenta também a quantidade de lixo deixada nas encostas: embalagens de alimentos, equipamentos de escalada, tubos de oxigênio – e até mesmo os corpos de alpinistas que morreram ao longo do percurso. As temperaturas negativas impedem a biodegradação do material.

O Ministério do Turismo do Nepal resolveu agir. A partir de abril, todo alpinista deve trazer de volta ao campo de base, no mínimo, oito quilos de seu lixo pessoal e entregá-los às autoridades no local. Estima-se que esta seja a quantidade de resíduos que um alpinista exausto descarta pelo caminho. Para Pasang Sherpa, secretário-geral da Associação Nacional de Guias do Nepal, faltam instruções mais claras. "Não está claro quantos dias depois do início da subida do Monte Everest temos que trazer o lixo de volta. E eles não dizem o quanto deve ser trazido para cada campo. Há muitos campos em diferentes alturas, e é preciso saber quanto devemos devolver a qual campo", explica Sherpa.

Israel reiventa a roda

Depois de uma fratura de pélvis que o colocou numa cadeira de rodas por algumas semanas, o fazendeiro israelense e inventor Gilad Woolf ficou irritado com as pancadas das rodas de sua cadeira, com a dificuldade de superar obstáculos e os impactos que sofria nas costas. Ficou determinado a criar um sistema de suspensão que amortecesse os impactos. A ideia inicial foi de um acento com amortecedor a ar como existe nos caminhões e tratores modernos, mas não deu certo. Então a saída foi reinventar a roda. Levou seu projeto para uma incubadora de tecnologia média, a Rad BioMed Accelerator e junto com uma equipe de especialistas foi desenvolvido o produto SoftWheel (Roda Macia). Foram três anos de trabalho para chegar a esta configuração que você vê onde os aros normais de uma roda foram substituídos por amortecedores. O aro não é rígido como nas rodas que conhecemos até hoje e o sistema se desloca absorvendo as pancadas, voltando ao formato circular imediatamente. Foram necessárias sete patentes para proteger esta tecnologia que já está sendo aplicada também em rodas para bicicletas e pretende revolucionar o conceito de Mountain Bikes.

Judeus franceses contra o antissemitismo

Nosso leitor Eiran Kreimer nos relata nos conta como foi a passeata contra o antissemitismo em Paris, no segundo aniversário do Massacre de Toulouse.

Leia matéria completa em nosso site

Cristãos Árabes protestam contra o Islã

150 cidadãos cristãos árabes-israelenses fizeram um protesto no último domingo (23/03) em Tel Aviv, contra o silêncio da União Europeia (UE) em relação às perseguições que os cristãos vêm sofrendo em todo mundo islâmico. O ato foi realizado em frente ao local onde uma delegação da UE se encontra hospedada em Israel. Os manifestantes exigiram que a UE deixe de ignorar os clamores por direitos humanos para os cristãos, que estão em vias de extinção em todo Oriente Médio, menos em Israel.

Para o padre Gabriel Nadaf, da Igreja Ortodoxa Grega de Nazaré e um grande defensor do alistamento cristão nas Forças de Defesa de Israel, "Israel é uma casa bastante acolhedora para os cristãos". Já Shadi Halul, organizador do protesto, declarou: "Vimos no passado como o mundo ficou em silêncio enquanto seis milhões de judeus foram massacrados. Aqui em Israel, onde temos total liberdade de culto, proteção e uma vida normal, decidimos gritar e clamar à União Europeia para proteger os direitos humanos em Israel e em todo o mundo. Tornamo-nos ativo para não repetirmos os erros do passado. Recebemos constantemente relatórios de nossos irmãos cristãos em todo o Oriente Médio implorando por ajuda, com inveja de nossa condição de cidadãos israelenses".

Na semana passada, o grupo enviou uma carta ao embaixador da UE em Israel e a outros 18 embaixadores ocidentais protestando contra as suas omissões: "Nós membros do Lobby Cristão em Israel, achamos apropriado procura-los para exigir um posicionamento sobre os direitos humanos dos nossos irmãos cristãos em todo o Oriente Médio. Os massacres; as perseguições; a discriminação; o apartheid; a limpeza étnica e todos os crimes cometidos contra os povos cristãos nativos do Oriente Médio no Egito; na Síria; no Iraque; na Faixa de Gaza; no Líbano e pela Autoridade Palestina, entre outros, continuam a serem cometidos sem que haja quaisquer intervenções por parte dos países ocidentais. Voltamo-nos para aqueles que representam os países do Ocidente, onde os valores dos direitos humanos e dos cidadãos são uma bandeira. Levantem-se e ajam", afirma o manifesto.

Na Carta, o grupo acusa a UE de adotar um padrão duplo de comportamento e de moral em relação ao Estado Judeu: "A falta de iniciativa dos países europeus contra este quadro demonstra a hipocrisia do Ocidente em relação ao Estado de Israel, a única nação democrática do Oriente Médio e que proporciona liberdade de religião, respeito aos direitos humanos e direito de autodefesa para todas as minorias religiosas e étnicas. Não temos dúvidas de que o lugar mais seguro e mais livre para os cristãos, assim como para as outras minorias presentes no Oriente Médio, é o Estado de Israel".

Um recente estudo publicado pelo "London Daily Telegraph" prevê que o cristianismo corre o risco de ser extinto em praticamente todos os locais bíblicos do Oriente Médio. 10% dos cristãos em todo o mundo – cerca de 200 milhões num universo de 2,3 bilhões de pessoas – são perseguidos ou oprimidos por conta de suas crenças religiosas

Onde santos de porcelana não existem mas milagres sim

http://youtu.be/bMm8wWNo7cA

A força da Natureza para os céticos. A mão de Deus para os crentes. Pouco importa a explicação. O fato é que em Israel a união da Ciência com a Fé vem gerando verdadeiros milagres. Muito já se fala nas técnicas de fertilização e de racionalização da água que possibilitaram o cultivo de grandes áreas desérticas. Mas ainda há muitos desafios para a agricultura e a ecologia no Estado Judeu. Desafios estes que, por vezes, testemunham acontecimentos maravilhosos.

Por exemplo, o momento em que um rio renasce depois de muitos anos totalmente seco. Aconteceu no início deste mês, em pleno Deserto do Neguev, quando o Rio Zin ressurgiu graças às chuvas intensas ocorridas próximo de sua antiga nascente, na Cratera Ramon, que fica a 85 kms. da cidade de Be'er Sheva, no sul de Israel. Em seu curso original, o Rio Zin deságua no Mar Morto, na região norte de Israel.

O renascimento do rio já era aguardado, e os moradores e turistas do Neguev passaram a aguardar ansiosamente pela chagada das águas. Um cinegrafista amador registrou o momento em que a corredeira retomou o leito seco do rio e fez ressurgir uma cachoeira. O fenômeno deixou as testemunhas em estado de êxtase, conforme pode ser visto e ouvido no vídeo abaixo.

Poder de um milagre ou força na natureza? Você escolhe a melhor explicação. Mas de acordo com as palavras de David Ben Gurion – um judeu totalmente afastado da religião – "Em Israel quem não acredita em milagres não é realista".

MENORAH RAPIDINHAS INSTITUCIONAL

A FIERJ publicou na semana passada uma nota sobre uma ação criminal movida contra o deputado estadual Carlos Minc e contra os Sr. Osias Wurman. De acordo com a nota, ambos estão sendo acionados judicialmente por conta de uma representação junto ao Ministério Público movida por um cidadão que contesta a constitucionalidade da lei de dispensa de ponto dos servidores públicos estaduais judeus durante os Yamim Tovim (Pessach, Rosh Hashaná e Yom Kippur). A lei em questão foi aprovada pela ALERJ e sancionada pelo governador Sergio Cabral Filho.

O autor do processo é o mesmo cidadão que recentemente se celebrizou por tentar revogar nada menos que a Lei Áurea, e garantir indenizações aos descendentes de ex-proprietários de escravos, "espoliados" pelo ato da princesa Isabel em 1888. Uma rápida busca pela web nos permite descobrir que o elemento é citado positivamente por sites integralistas.

Vale lembrar que o autor original da lei ora contestada é o nosso editor-chefe Ronaldo Gomlevsky. Quando vereador, em 1989, Gomlevsky foi o autor da primeira lei que garantia o direito de dispensa por razões religiosas. O benefício adquirido pelos judeus cariocas foi ampliado em 1997, através de um projeto da deputada estadual Graça Matos e sancionado pelo então governador Marcello Alencar, que estendeu o direito à celebração dos feriados judaicos ao âmbito estadual. Infelizmente, a nota da FIERJ se esqueceu de citar isto.

É preciso deixar muito claro que a principal bandeira de luta de MENORAH é o combate sem tréguas ao antissemitismo. E colocamos isto acima de quaisquer questões.

E é por isso que estamos irmanados com todos os envolvidos no processo. Inclusive ao Sr. Osias Wurman, apesar do fato de este ser nosso adversário autodeclarado. Ainda assim, deixamos de lado, momentaneamente, as nossas diferenças para nos solidarizar com ele. Além disso, colocamos à disposição de todos o nosso aparato jornalístico, com mais de 300 mil seguidores semanais por rádio, TV, internet e através de nossa revista mensal. Estamos prontos para defender a FIERJ, o nosso amigo de sempre deputado Carlos Minc e o Sr. Wurman contra qualquer inimigo antissemita. Inclusive na Justiça, caso venham mesmo a se tornarem réus.

Voltando à questão da lei dos feriados judaicos, uma das questões alegadas para a sua derrubada se baseia no fato de que tal benefício só "privilegia" os judeus, deixando de lado os outros grupos religiosos e suas datas sagradas. No entanto, na época da lei proposta por Ronaldo Gomlevsky, as demais comunidades religiosas eram incipientes e desorganizadas. O então vereador Gomlevsky apenas cumpriu com a sua obrigação de representante político dos judeus cariocas, abrindo caminho para que os representantes de outras comunidades o imitassem. Foi o que aconteceu.

Um exemplo disso foi a instituição do feriado de Zumbi dos Palmares, em homenagem à cultura afro-brasileira. E se um dia algum parlamentar propuser o abono de ponto aos servidores muçulmanos no último dia do Ramadã, tal iniciativa será prontamente aprovada, dentro do caminho iniciado em 1989.

Judeus, negros, muçulmanos... Somos todos iguais. E pagadores de impostos. Nada mais justo que nos irmanemos nos direitos, posto que somos iguais em deveres. E torcemos para que estes saiam em defesa dos judeus, neste momento em que um direito básico pode nos ser arrancado por força de uma chicana jurídica.

Quem não vive para servir, não serve para viver.

O Império Romano e os piratas

Lá pelos idos 70 AEC, ou seja, há mais de dois mil anos, certas rotas utilizadas pelos romanos e seus parceiros comerciais, em diversos mares, por anos a fio, se encontravam lotadas de piratas que abalroavam as embarcações romanas, lhes roubavam a carga e em muitas oportunidades, matavam todos os seus tripulantes.

O Senado romano resolveu acabar com esta situação que causava enormes prejuízos aos cofres do império e nomeou Pompeu, na época, o mais vitorioso de seus generais, acostumado a batalhas em terra e marítimas para cuidar deste caso.

Este homem, afeito às coisas do mar e muito experiente em relação aos assuntos da guerra, dividiu os mares infestados de bandidos, nomeou responsáveis por cada pedaço daqueles caminhos marítimos e partiu para o combate, obtendo significativas vitórias e, consequentemente, livrando aquelas águas de malfeitores e rapidamente garantindo a pacificação das rotas cujo resultado foi um enorme incremento para os negócios realizados com além mar.

Modus in rebus, como diriam Sulla, Catilina, Crasso ou Cicero, se nós analisarmos o que vem se passando na orla e no seu entorno, na região da Zona Sul do Rio de Janeiro, com assaltos praticados de dez em dez minutos por gangues de bicicleta e pelas já conhecidas turmas das bermudas, compostas ambas por adolescentes menores que não podem sequer ser tocados e que ao serem como se diz agora, acolhidos, voltam no dia seguinte para praticar mais e mais delitos, chegaremos rapidamente à conclusão de que estamos perto de dois mil e oitenta anos atrasados com relação à solução desta questão.

Como sugestão, deixo para o meu queridíssimo prefeito, a ideia de primeiro criar uma secretaria especial sob o comando do nosso jovem e reconhecido bom xerife, Rodrigo Bethlem, para cuidar deste assunto, assim como o fez Pompeu por delegação do Senado Romano no caso dos piratas, para que este, em seguida, articule a nossa honrosa e prestimosa Guarda Municipal para que patrulhe os quarteirões que vão do Leme à Visconde de Albuquerque, com atenção também nos quarteirões interiores, através de homens de bicicleta, organizados de dois em dois, ao número de quatro por quarteirão, munidos de cassetete e apitos para comunicação inteligente através de códigos pré estabelecidos.

Certamente, como os romanos em relação aos mares, nós também ficaremos livres desses criminosos que ao fugirem das UPPS, ganharam o asfalto e estão infernizando a cidadania, sem que se possa afirmar que haja algum esforço específico para resolver esta situação que coloca a cidadania à mercê da vagabundagem.

Sei que este assunto não se resolve apenas com repressão. Sei que é fundamental colocar esta turma nas escolas e oferecer-lhes oportunidades. Enquanto isso não acontece com a rapidez que desejamos, não vejo outra saída do que a defesa do cidadão que, desarmado por lei, está sendo desafiado moral, física e mentalmente e está perdendo este combate.

Que venham os guardas municipais, armados de táticas e estratégias inteligentes.

Defender o idoso, o jovem, inclusive o adulto de uma epidemia como esta que estamos vivendo nas nossas barbas, também é uma das tarefas do estado.

E, na opinião de quem está sofrendo nas ruas, é tarefa das mais urgentes.

No andar desta carruagem, o que vira a ser dos turistas estrangeiros que por aqui chegarem para aproveitar nossos eventos internacionais. Enfim, o que será da imagem do nosso Rio, aqui fora, vez que me encontro na Croácia, verificando se eles podem nos vencer na abertura da Copa e fazendo aquela já tradicional radiografia de sua comunidade judaica, que estará nas mãos de nossos leitores, no finalzinho de abril.

Ronaldo Gomlevsky

terça-feira, 18 de março de 2014

Judeus no Brasil

07-notaSinagoga Shaar Hashamaim de Belém do Pará em belíssima foto de Moisés Unger

A lei do deputado federal Marcelo Itagiba criou esta data para lembrar a imigração e contribuição judaicas ao Brasil, como já existia para outras etnias de imigrantes.

Será que você faz idéia das fases desta imigração ou se contenta com as notinhas institucionais deturpadas publicadas por aí?

Não havia judeus no Brasil até 1810 quando Portugal aboliu a lei que proibia os judeus de morarem em Portugal desde o final do século 15. Além de terem sido expulsos de Portugal, foram expulsos ou proibidos de residir em todas as terras do gigantesco império português. A partir de 1810 começam a chegar ao Rio de Janeiro os judeus da Inglaterra. No final das contas, pouco mais de 70 deles repousam no Cemitério dos Ingleses, na Gamboa, zona portuária do Rio, que era quase a beira mar na época.

Entre o "descobrimento" do Brasil e 1810, por trezentos e dez anos, recebemos um número muito grande de cristãos-novos, que construíram nossa nação junto com os cristãos-velhos, índios e escravos. A definição de ser cristão-novo ou descendente deles, não significa ser judeu. Caso fossem, não poderiam residir no Brasil.

Na visitação do inquisidor Heitor Furtado de Mendonça, no final do século 16, ao confeccionar seu relatório, faz menção à denúncias da existência de uma sinagoga (esnoga) na região de Camaragibe, cujo rabino seria Tomas Lopes, um cristão-novo. Na mesma visitação houve a denúncia contra Jorge Dias de Caja, um comerciante de Olinda, que seria um erudito e rabino. O jesuíta Furtado de Mendonça, entretanto, nada encontrou ou nada quis encontrar e esta estória se encerra sem desfecho algum.

A grande exceção aconteceu após a invasão holandesa do nordeste do Brasil. Foi uma guerra verdadeira entre holandeses e portugueses. Numa carta de 12 de agosto de 1636 ao governo holandês, os judeus do Recife afirmam que estavam construindo uma sinagoga e Symon Drago, comprou um "sefer" torá (rolo da torá), em 1633, em Amsterdã e trazendo-o consigo para o Recife

Ao contrário do que a história mal contada dos judeus no Brasil afirma e as pessoas repercutem por aí, não havia uma sinagoga do Recife holandês: havia duas. A mais antiga era a Congregação Maguen Abraham, na Ilha de Antônio Vaz (hoje bairro de Santo Antônio) fundada em 1637. Funcionava na casa de Joshua de Haro. Provavelmente é a tal sinagoga que consta da tal carta de 1636. Diz-se que aquele templo servia a judeus mais velhos que não conseguiam ir de barco à sinagoga principal, a Kahal Zur Israel (existente até hoje). A torá de Symon Drago, quase certamente, foi a torah daqueles judeus. O rabino Isaac Aboad da Fonseca, cujo nome correto é Abouhav, chegou apenas em 1641 e atuou na cidade até 1654.

Junto com ele veio da Holanda o pouco conhecido, Jehosuha Velozino, considerado um "chacham" (erudito nas leis judaicas) e ambos trabalharam juntos. As duas sinagogas se uniram em 1648. A Kahal Zur Israel atual não é o prédio original onde ela funcionava no sobrado, e onde havia duas lojas no térreo. O prédio atual foi construído por um comerciante português em meados dos século 19. Quando os holandeses foram expulsos do Brasil, 27 daqueles judeus foram com um grupo para o que hoje é Nova Iorque e o restante inteiro da comunidade voltou para a Holanda. O rabino Abouhav construiu a magnífica Sinagoga Portuguesa de Amsterdã, se tornou um dos maiores cabalistas da Europa, passou a seguir o falso messias Shabetai Tzvi levando consigo quase todos os judeus holandeses. Faleceu antes que Shabetai Tzvi, o tal falso Messias se convertesse ao islã, além disso, dar uma banana aos seus seguidores judeus. A principal sinagoga de Safed, em Israel, homenageia Abouhav da Fonseca.

Ambas situações envolvendo Holandeses e Ingleses são pouco lembradas neste dia. Lá pelos anos 1810 chegam os judeus marroquinos na Amazônia. Anos depois, parte viria ao Rio. Em 1829 estava fundada em Belém a sinagoga Shaar Hashamaim (Porta do Céu), cujo prédio atual é de 1947 (na foto). Judeus marroquinos de Belém também vieram para a capital, o Rio de Janeiro e junto com outros ahskenazitas de diversos países compunham a mínima comunidade judaica do Rio de Janeiro, e constituiram a primeira sinagoga do RJ em 1863, a União Israelita do Brasil (atual Shel Guemilut Hassadim). Posteriormente ainda no século 19 recebemos alemães e franceses (os quais constituíram uma sinagoga na Lapa). Os russos começam a chegar nos anos 1910, fugindo do Czar, e após a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa se intensifica a chegada de judeus dos vários países envolvidos no conflito, inclusive judeus nascidos na Palestina. É também o momento da imigração para as colônias agrícolas do ICA no Sul do Brasil. É bom lembrar que o grande foco era a Argentina e muitos judeus somente se estabeleceram no Brasil após não conseguirem se estabelecer na Argentina, onde o "mercado" já estava saturado.

No entre guerras a imigração europeia, a árabe e a turca continuam, vários alemães fugindo do nazismo chegam a partir de 1933 e após a Segunda Guerra Mundial o país recebe sobreviventes do Holocausto em pequena quantidade. Para os sobreviventes de antes e depois do Holocausto, houve muita incompreensão e até mesmo recusas criminosas, por parte do governo Vargas, em barrar sua entrada no Brasil. Após a criação de Israel com a expulsão dos judeus dos países árabes, o Brasil acolhe sua última onda de imigrantes judeus: uma parte da comunidade egípcia, principalmente judeus do Cairo, inclusive líderes comunitários de lá em uma negociação na Itália intermediada por Sarah Kubitschek, cuja história completa é objeto do livro, "Noites de Verão com Cheiro de Jasmim" (Editora FGV, 2008).

Morre um herói de Israel

Morreu aos 80 anos Meir Har-Zion, considerado como o maior soldado da história de Israel. A coragem e a ousadia de Har-Zion ao longo de toda a sua trajetória militar lhe rendeu uma comenda por bravura. Ele foi um dos fundadores do legendário Esquadrão 101, a unidade de elite do Exército de Defesa de Israel liderada por Ariel Sharon que retaliou inúmeros ataques terroristas ao agir infiltrada em territórios inimigos. Para Sharon, falecido recentemente, Meir Har-Zion era "a elite da elite" dos guerreiros de seu país. Moshe Dayan, general e ex-Ministro da Defesa, certa vez o chamou de "o melhor soldado que já surgiu no nosso exército". Para Benjamin Netanyahu, atual Primeiro-Ministro, "[Meir] era um dos nossos maiores heróis, um guerreiro cheio de amor à terra e a seu povo". Já Shimon Peres, Presidente de Israel, o definiu da seguinte forma: "Não havia ninguém mais valente do que ele". Em uma enquete realizada por um jornal local em 2005, Har -Zion ficou em 15º dentre os 200 maiores israelenses de todos os tempos. Meir Har-Zion morreu repentinamente em seu rancho, no Vale do Jordão.

Diagnóstico eletrônico de doenças

Se você assistiu à série ou aos filmes, principalmente em meados dos anos sessenta e início dos setenta deve ter ficado encantado com as traquitanas médicas visionárias, como leito monitorado sem fios (na época não havia leitos monitorados e hoje é o que tem de mais comum, só que com fios), pistolas de inoculação (numa época em que as injeções eram com agulhas, mas tais pistolas de vacinação entraram no mercado ainda em meados dos setenta), e os diagnósticos imediatos de problemas de saúde e doenças. Ainda não temos. Ou será que temos? A empresa Azure PCR, uma startup israelense, liderada por Aron Cohen (na foto) afirma que temos. Para realizar análises instantâneas é preciso retirar o DNA do paciente de uma amostra de urina ou sangue, e este DNA precisa ser testado. Ambas tecnologias já existiam antes da Azure PCR. O que essa empresa criou é o sistema de análise eletrônica do DNA. Com uma unidade destas operacional, o diagnóstico poderá ser dado por qualquer pessoa, não exigindo profissional de saúde, o que pode ser decisivo nas áreas pobres do mundo. A Azure PCR vem trabalhando na questão desde 2010 em conjunto com a Harvard Medical School, e o serviço nacional governamental de hospitais da Inglaterra. O que eles fazem é testar os pacientes com o equipamento digital e comparar com as análises laboratoriais para validar os resultados. A precisão é altíssima para gripe suína, hepatite B e várias outras doenças virais ou bacterianas. Mais de meio milhão de amostras já foram testadas. Parece que os dias do "Doutor House, o adivinhador médico", estão com os bits contados.

Israelenses não entendem máscaras da Amazônia

A exposição de máscaras feitas por artesãos brasileiros provocou pânico entre os frequentadores de um museu de arte em Jerusalém. Os curadores da mostra resolveram fixar as máscaras folclóricas em uma sala escura, com paredes pintadas de preto e com um globo de luz estroboscópica (iluminação de boate) no teto. Com a dança das luzes, as máscaras pareceram ganhar vida e acabaram provocando reações assustadas. Quando um grupo escolar estava visitando a sala das máscaras, uma criança gritou "eles estão vivos". Com o tumulto generalizado, o diretor do museu Jim Bryber tentou interceder, e apanhou uma das peças em exposição para mostrar às crianças que tudo não passava de arte. Mas ao vestir a máscara, o diretor apenas aumentou o pânico entre as crianças. Beverly Waxstein, assistente do diretor do museu, explicou ao jornal israelense "The Jerusalem Post": "Foi terrível! A multidão pensou que ele fosse um demônio, um morto-vivo". O mesmo jornal definiu as máscaras brasileiras em exposição como "dementes e doentias". A mostra foi cancelada e o museu permanece fechado até segunda ordem. .

As sete vidas de Félix, o gatinho

Félix não nos deixa. Ele está mais vivo do que nunca. Mas qual é a característica mais aguda de Félix?.

É que ele não consegue viver sem fazer mal a alguém.

Ainda que em vias de regeneração, exigida até pelas instituições às quais serve com sua máscara, ele sempre tem suas recaídas.

Por que Félix faz mal às pessoas? Por que ele é mau?

Não, claro que não. Faz mal porque é doente! Vive de perseguir e ser perseguido. Aí está o seu norte. Usa todo e qualquer ser humano para alcançar seus inconfessáveis objetivos.

Se olha insistentemente no espelho, gosta da própria voz e se acha um grande poeta, ainda que pouco letrado!

Se você o comprar pelo preço que ele pensa que vale e vendê-lo pelo que ele realmente vale, você vai à bancarrota!

Félix persegue todos aqueles que, porventura, possam atalhar seu caminho. A cada dia mais sai do armário, porém ainda resta uma perna do lado de dentro. Assumir sua porção gata, pode melhorar seu astral de gatinho mal amado. Está perdendo tempo de vida, na gaveta.

Incompetente para se desempenhar com qualidade em qualquer incumbência mais séria, vide seu retrospecto, usa o terror, as armações, as mentiras e a chantagem para colocar as pessoas a seus pés. Muita gente cai. Outros, nem ligam para seus ataques de pelanca. Ainda consegue enganar a uns poucos que imaginam se beneficiar com suas perversões. Sua mais corriqueira ação está em apontar o dedo, até em direção a quem um dia lhe deu a mão. Até contra quem o tirou do nada e o colocou na ribalta! Gratidão não faz parte de seu vocabulário.

Fala mal das pessoas, as ridiculariza, faz piadinhas a seu respeito, tudo com o intuito de dar vazão a seu conhecido complexo de inferioridade. Inventa defeitos os quais seus adversários não possuem e tenta pregá-los em quem por descuido passou por seu caminho.

Há gente que foge dele, mas, ainda assim, é obrigada a se deparar com sua figura, uma vez que ele não descansa. Acostumado a ser "amigo" de quem pode de alguma maneira facilitar sua vida, basta que se sirva do tal alguém, leve alguma vantagem e suba mais um degrau na disputa por espaço que, imediatamente, ele esquece do passado, quando ele nada mais era do que um pobre e triste desconhecido menininho travesso acomodado nos negócios do papai.

É uma pena que as televisões e a mídia falada e escrita ainda coloquem no ar este tipo de personagem que não faz bem para ninguém.

O pior é que está cheio disso por aí na vida real.

Félix aponta o dedo e pronto! Dos atributos que o nosso "doidinho" não conhece, um é a dignidade. Também não conhece respeito ao próximo e amizade.

Prefere não se comprometer a ter de se mexer para defender alguém que caiu, independentemente da história. Ter sua vítima do momento razão ou não, para Félix, não é o que interessa. O ponto está em que vantagem pode auferir. Sempre quer ganhar. Custe o que custar.

Enfim, Félix está aí, em todos os lugares, no Rio, em Vassouras, em Teresópolis, em Campos ou em Niterói. No Méier ou em Madureira. Na rua, na sua casa, no seu escritório, na sua esquina, no seu bairro, como quem não quer nada, mas lhe bajulando se precisar de você e lhe execrando a partir do momento em que consegue realizar o objeto de seu interesse imediato. Félix é sempre e sempre nocivo, ainda que, em muitas ocasiões, pareça ter se regenerado.

Cuidado com este tipo. Ele ataca na sombra. Quando você menos espera!

Quem não estiver vacinado contra ódio, pode ser mordido ou acusado e adoecer.

Ronaldo Gomlevsky

terça-feira, 11 de março de 2014

Parafusos de seda para ortopedia

Pela primeira vez no mundo, parafusos feitos totalmente de seda foram usados para tratar fraturas em cobaias. Uma equipe de engenheiros médicos da Universidade Tufts, em Massachusetts (EUA) e do Centro Médico Beth Israel Deaconess, também nos Estados Unidos, produziu 28 parafusos a partir de moldes nos quais foram colocadas proteínas obtidas de casulos de bicho-da-seda. Eles foram implantados nos ossos de seis ratos por entre quatro e oito semanas, ao final das quais eles já tinham começado a se dissolver. Os pesquisadores atribuíram o fato deles se dissolverem à fibra natural em sua composição. Atualmente, quando um osso é fraturado, placas e parafusos de metal são usados para religar e fixar as partes rompidas. Mas, além de serem rígidas e incômodas, essas peças geram risco de infecção. Em muitos casos, elas têm de ser removidas depois que a fratura foi corrigida, o que requer uma nova cirurgia. Por isso, a expectativa dos cientistas é que essas peças de seda venham a substituir as de metal. No caso da seda, além de sua composição e rigidez serem parecidas com as do osso, o fato dela ser absorvida pelo organismo torna o material promissor. "Queremos produzir uma série de aparelhos ortopédicos baseados nessa tecnologia para os casos em que não é desejável que as peças permaneçam no corpo", diz David Kaplan, cientista-chefe do estudo. Ele ressalta que esse tipo de material não interfere em aparelhos de raio x, não dispara alarmes e não gera sensibilidade ao frio como o metal.

Inclusão social no Exército de Israel


A jovem israelense Sivan Tzor é portadora da Síndrome de Down. Mas isso nunca a impediu de buscar superar todos os limites. Ela realizou seu sonho de entrar para o Exército e representou Israel nas Olimpíadas Especiais. Lá ela ganhou uma medalha de ouro. Desde 2008, 31 homens e mulheres portadores da Síndrome já ingressaram no serviço militar de Israel. Já no Rio de Janeiro, uma lei aprovada pelos deputados estaduais obrigando todas as escolas públicas e privadas a reservarem duas vagas em cada turma para portadores de Down, dada a recusa de estabelecimentos, públicos, privados e religiosos em aceitar estas crianças ainda possui resistência por parte da sociedade Fluminense. Explicando: as escolas seriam obrigadas a aceitar a matrícula normal de até duas crianças com Down por turma, podendo usar tais vagas normalmente caso ninguém se apresente para tais vagas.

Palestinos afirmam: não reconheceremos o Estado Judeu

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que não há nenhuma chance de ele reconhecer Israel como um Estado judeu e de aceitar uma capital palestina em apenas uma parte de Jerusalém Oriental. A declaração de Abbas ecoou a decisão dos ministros de Relações Exteriores dos países da Liga Árabe, que rejeitaram a exigência de Israel de que os palestinos reconheçam o país como um estado judeu. De acordo com o comunicado dos ministros, o reconhecimento "minaria os direitos dos refugiados palestinos". Falando a jovens ativistas da Fatah, Abbas disse: "Não tem jeito. Nós não aceitaremos." O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na semana passada que os palestinos deveriam reconhecer Israel como um Estado judeu para mostrar que eles são sérios sobre a paz. Esse foi o mais recente sinal de que, apesar dos sete meses de esforços de mediação do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, grandes lacunas permanecem entre os dois lados. Abbas deve se reunir com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington, em 17 de março, como parte dos esforços dos Estados Unidos para pressionar ambos os lados. Ele disse que a Organização para a Libertação da Palestina reconheceu o Estado de Israel, em 1993, e que isso seria suficiente. Para as lideranças palestinas, parece que o cenário dos judeus abandonando Jerusalém, com medo, carregando seus pertences em trouxas durante os distúrbios de 1929 é a imagem da solução ideal.

Carregador de celular em tomada

Já imaginou carregar celular, tablets, câmeras e outros equipamentos eletrônicos à bateria sem ligar na tomada? Sem enfiar o conector USB? Sem se preocupar se a tomada está certa? E se você ficar sabendo que a tecnologia já existe e está sendo testada? O cientista por trás deste invento revolucionário é Amir Ben-Shalom, de apenas 52 anos e o equipamento se chama PowerMart. Basta colocar o aparelho a ser carregado na mesa e receber a carga de um dispositivo embutido. Não são necessárias modificações nos aparelhos e as demonstrações estão sendo dadas com os celulares atualmente no mercado. Atualmente existem kits para iPhone e a linha Galaxy S3. A ideia começou a ser desenvolvida em 2006 e o primeiro protótipo foi apresentado à Nokia em 2009, mas a empresa não teve a coragem de ser a primeira a acabar com os fios. Os israelenses procuram a gigante Procter & Gamble nos EUA que começou a produzir com a marca Duracell PowerMat. Em seguida vieram parcerias com a gigante de telecomunicações AT&T e com a varejista Best Buy. A GM, vendo uma possibilidade espetacular, anunciou que seus carros nos EUA, a partir do modelo 2015 terão acessório PowerMat. Apenas no Natal de 2009, a P & G vendeu 750.000 unidades destes carregadores por indução. Atualmente 26 lojas do Starbucks em Boston e San Jose, e MacDonalds em Manhattan estão testando mesas com o PowerMat embutido para os clientes carregarem os celulares enquanto fazem suas refeições e lanches. O sistema atual também possui de proteção dos aparelhos com uma segunda bateria embutida que duplica o tempo de uso. E você precisa se perguntar: como é que uma tecnologia que vem vendendo que nem pão quente nos EUA há mais de 4 anos, sequer é conhecida no Brasil? Vai ser que nem o biscoito Oreo que levou 90 anos para chegar às terras tupiniquins?

Escavando o metrô do Rio

Para fazer o projeto da Linha 4 sair do papel até o primeiro semestre de 2016, muita tecnologia vem sendo empregada diariamente. O Tunnel Boring Machine (TBM), conhecido como Tatuzão, foi feito sob medida na Alemanha para perfurar os cinco quilômetros do túnel que vai de Ipanema até a Gávea, sendo o maior equipamento já utilizado em obras metroviárias no país. O desafio era conseguir um método construtivo que causasse menores impactos na superfície e fosse capaz de trabalhar em terrenos diferentes. O Tatuzão, com suas 2,7 mil toneladas, 120 metros de comprimento e 11,5 metros de diâmetro, escava quatro vezes mais rápido do que os métodos usados anteriormente na construção do metrô, sem necessidade de utilizar explosivos. Além de perfurar, o TBM também reveste o túnel com anéis de concreto, as aduelas. Já na Barra da Tijuca, o desafio foi outro. Para construir a Estação Jardim Oceânico, às margens da Lagoa de Marapendi, foi necessário rebaixar o lençol freático, que fica a apenas dois metros de profundidade. O resultado disso é que, quando for concluída, a estação ficará totalmente submersa. Um robô alemão chamado Putzmeister tem deixado a obra mais limpa e rápida nos túneis entre a Barra e Gávea. Ele é responsável pela concretagem do trecho e sustentação, que é importante para a segurança dos túneis. O robô projeta 20 metros cúbicos por hora, o dobro do método utilizado na frente. Os braços mecânicos do equipamento, que são operados por controle remoto, seguram e direcionam a saída do concreto, além de dar sustentação ao túnel em construção.

(Foto de Katarine Almeida-divulgação)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Coral Israelita Brasileiro comemora 60 anos

O Coral Israelita Brasileiro comemora 60 anos de existência em 2014. Com dois grandes concertos programados para o primeiro semestre deste ano, além de outras apresentações, o Coral apresentará obras representativas da musica judaica – em hebraico, idiche e ladino - além de sucessos brasileiros e da música internacional. O maestro Abrahão Rumchinsky segue o nível de alta qualidade na escolha de repertório e na interpretação de sopranos, contraltos, tenores e baixos, sedimentados ao longo das décadas por maestros titulares como Henrique Niremberg, Henrique Morelenbaum e Isaac Karabtchevsky e convidados como Eleazar de Carvalho. O primeiro dos concertos será no dia 26 de março, abrindo a XX Temporada de Concertos da Igreja da Candelária. O início será às 18:30, e a entrada é franca.

A fortaleza de contos de fadas

Estampado em cartões-postais, guias de viagem e até em produtos da Disney, o "castelo do rei de contos de fadas" atrai mais de 1 milhão de visitantes por ano. Seu idealizador, o rei Ludwig 2º da Baviera, foi declarado louco, antes de sua misteriosa morte por afogamento, em 1886. Semanas depois, Neuschwanstein abriu as portas ao público, e permanece até hoje uma das principais atrações turísticas na Alemanha. A fortaleza de contos de fadas, porém, abriga um passado nazista que veio à luz recentemente com o filme Caçadores de obras-primas (Monuments men), dirigido por George Clooney. O drama da Segunda Guerra Mundial trata das tropas aliadas especiais encarregadas de proteger e localizar, durante o conflito, os tesouros roubados da Europa. O excêntrico rei Ludwig 2º não concebeu o extravagante castelo de Neuschwanstein para fins de realeza, mas sim como refúgio à vida pública. Numa distorção perversa das intenções do monarca, foi exatamente isso que os nazistas fizeram com a arte roubada de suas vítimas, escondendo-a lá do olhar público. "Neuschwanstein foi escolhido como quartel-general da Einsatzstab Reichsleiter Rosenberg, a organização alemã para saques de obras de arte", revela a historiadora Tanja Bernsau. A localização no estado da Baviera, perto da fronteira com a Áustria e distante de Berlim ou de outros possíveis alvos, fazia do castelo um depósito ideal. Embora tenha sido construído para parecer uma construção medieval, a joia arquitetônica ostentava as tecnologias mais avançadas de seu tempo: aquecimento central, descargas nos banheiros e um sistema elétrico de campainha para chamar os serviçais. A pedra angular foi lançada em 1868, mas o projeto não foi finalizado, deixando, assim, amplo espaço para armazenamento. A identificação e restituição das obras continuam na Alemanha até hoje. Descobertas recentes de arte possivelmente roubada, como a relacionada ao colecionador Cornelius Gurlitt, continuam a ser manchetes de jornal. O filme Caçadores de obras-primas, recém-exibido no festival Berlinale, também lança luz sobre o trabalho dos responsáveis em preservar a arte durante a guerra, embora não agrade a todos. Quem procura detalhes da história, tampouco vai aprender mais visitando Neuschwanstein. A visita guiada pelo castelo inclui o luxuoso quarto de dormir do rei Ludwig 2º, a caverna artificial de estalactites e a cozinha, bem moderna para sua época. Porém não há nenhuma menção ao papel do local durante o nazismo. "Não estamos tentando esconder esse fato", defende o porta-voz do castelo, Thomas Rainer. A administração quer se confrontar com o papel do local nesse sombrio capítulo da história alemã. O diretor do departamento de Palácios e Museus da Baviera escreveu recentemente um artigo sobre locais de resgate da arte durante a Segunda Guerra, ressalta Rainer. "Mas nós temos mais de 1 milhão de visitantes por ano e visitas guiadas que só duram 30 minutos. Nós focamos o que é possível, nesse tempo."

Governo alemão desenterra passado judaico

A comunidade judaica de Colônia já foi a maior na Europa ao norte dos Alpes. Novo museu deverá reconstruir passado, lembrando sua tradição de cidade aberta e cosmopolita desde a Idade Média. Num sítio arqueológico situado no centro de Colônia, cidade localizada no oeste alemão. Foram descobertas ruínas de uma mikvá da Idade Média – casa de banhos judaica. Nas imediações do centro histórico da cidade, foram encontrados vestígios da história de dois mil anos da cidade. Os arqueólogos conseguiram detectar que, na Idade Média, havia ali um bairro judaico, construído bem em cima das ruínas de uma edificação romana. Já nos anos 1950 e 1960, os arqueólogos começaram a se interessar pelo que havia debaixo da praça da prefeitura, nas imediações da Catedral de Colônia. Em 1956, foram descobertos vestígios de uma mikvá no local, bem como da sinagoga frequentada pela comunidade judaica, que existia na Idade Média na cidade. Os arqueólogos procuraram descobrir até onde vão as raízes da comunidade judaica de Colônia. Na praça da prefeitura, eles acharam partes de uma sinagoga, inclusive uma bimá (plataforma sobre a qual fica uma mesa, de onde se lê a torá), bem como restos de comida kosher, quadros negros com provérbios escritos e objetos de decoração."No século 4º já havia uma comunidade judaica em Colônia", diz Marcus Trier,diretor do Museu Romano-Germânico da cidade e coordenador interino das escavações. Suas dimensões e onde os judeus viviam exatamente não se sabe ao certo. As escavações arqueológicas levam a crer, contudo, que a partir do século 10 muitos judeus viviam na cidade. A sinagoga de Colônia na praça da prefeitura é considerada a mais antiga na Europa ao norte dos Alpes. No entorno dela, os arqueólogos encontraram indícios de uma convivência tranquila entre cristãos e judeus. "Era um bairro fechado, mas que mantinha um intercâmbio com os cristãos. Durante um longo tempo, havia uma convivência que funcionava bem", diz Trier. A prova de que isso viria a mudar posteriormente é o pogrom do ano de 1349 e, por conseguinte, a perseguição aos membros da comunidade judaica que se seguiu. Em 1424, todos os judeus foram obrigados a deixar a cidade. Uma prova extraordinária do pogrom é um brinco de ouro, também encontrado pelos arqueólogos na praça da prefeitura – um exemplo perfeito da ourivesaria saliana do fim do século 10 e início do século 11. A proprietária do brinco provavelmente deve te-lo escondido para protege-lo de saqueadores. "Um peça valiosa como essa ninguém perde simplesmente por aí", suspeita Trier. Há planos de criação de um Museu Judaico no local – uma localização autêntica, ou seja, os objetos serão exibidos onde ficava a sinagoga, centro espiritual e religioso. No projeto arquitetônico do Museu serão envolvidos os vestígios da sinagoga e da mikvá, o banho ritualizado judaico.

ONU mente sobre população palestina

Um relatório recente da ONU, já visando os acordos de paz e possíveis indenizações aos palestinos criou uma fantasia de haver 300.000 palestinos habitantes do que é considerado como Área C, da Judeia e Samaria. Tal relatório é do OCHA (Coordenação de Assuntos Humanitários dos Territórios Palestinos Ocupados - da ONU), mesmo escritório de onde aquela funcionária simulou ter sido espancada e por militares israelenses num incidente envolvendo beduínos no ano passado. 300.000 seria equivalente a 1/4 da população árabe da Judeia e Samaria. Segundo Israel, são residentes na Área C, 75.000 árabes e segundo o relatório da geral da ONU e não o da OCHA, o número é até mais baixo: seriam apenas 67.000. Em 2011, o relatório da OCHA afirmava que apenas 46.000 árabes viviam na Área C. Se você não sabe o que são as áreas A, B e C, basta saber que a Área C é a composta apenas pelas colônias israelenses, portanto não há 300.000 árabes lá de jeito algum. Na verdade há uns 340.000 judeus. Este número fantasioso da OCHA é o aceito para a população árabe da Área C de antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando o território era ocupado pela Jordânia.. (Foto de Ronaldo Gomlevsky)

Circuncisão sem corte na África

No combate à AIDS, Israel estabeleceu uma clínica de circuncisão voluntária em território Zulu, na África do Sul, uma das regiões mais afetadas pela doença fatal. A empresa Circ MedTech criou um dispositivo não-cirúrgico para circuncisão em adultos, chamado PrePex, em 2011 e dezenas de milhares de zulus já passaram pelo procedimento. Recentemente a Organização Mundial da Saúde aprovou o uso do PrePex para 14 nações africanas com altas taxas de infecção por HIV. Espera-se que mais de 20 milhões de homens africanos sejam circuncidados até 2015. Essa pode ser uma solução muito interessante para as circuncisões de adultos nos casos de conversão ao judaísmo.

Minha primeira Copa

Ela está chegando. Não, não é nenhuma mulher gostosa. Nenhuma cerveja da moda. Nenhuma novela nova. Nenhuma marca de sutiã ou de cuecas não conhecida.

Faltam menos de cem dias para a grande Copa do Mundo do Brasil. Já sei que há os que irão me escrever ofendidos, vez que falta tudo nos hospitais públicos, vez que professores, médicos e garis ganham abaixo da crítica, vez que a divisão de rendas no Brasil é vergonhosa e cada dia os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres. Há os que vão me escrever afirmando que Delúbio, Genoino e Dirceu são quadrilheiros sim senhor, que Roberto Jeferson, aquele que apontou o dedo sujo de meleca para os outros e queimou o próprio rabo, deve ser preso na Papuda, e coisa e tal. De tudo isso eu sei. Escrevo sobre uma porção de porcarias, o tempo todo. Todas as semanas, a cada terça-feira, ataco um monte. Seja no interior do Brasil, no mundo, ou no pequeno, humilde e acanhado planeta da comunidade judaica do Rio de Janeiro.

Chega!!!

Hoje, vou escrever sobre Copa do Mundo. Sobre a Copa em que iremos vencer mais uma vez e traremos o caneco de volta com a conquista do hexa!

Sou Felipão desde pequenininho e aprecio seus métodos. Meus amigos rubro-negros detestam. Para mim, este é o único brasileiro que no momento tem competência para formar seleção brasileira e trazer o caneco com a segunda família Scolari. Estou dentro.

Fico pensando como começou minha paixão pela seleção brasileira de futebol. Volto 56 anos no tempo e me vejo na Rua Leopoldo Miguez em Copacabana, onde eu morava, na casa dos meus vizinhos, ouvindo a final daquela Copa de 1958. A minha primeira Copa. A voz do Oduvaldo Cozzi ia e voltava, seguindo as ondas da transmissão que mais parecia algo que chegava do além e alguns segundos após, se esvanecia. Eles, os caras do primeiro mundo, os suecos, louros e de olhos azuis, fizeram de cara o primeiro gol. Naquele tempo, goal.

Não contavam com Garrincha, com Pelé, com Zagallo, ainda com um ele só, com Zito, Djalma Santos, Nilton Santos, Bellini, Gilmar, Orlando e Vavá. Não contavam com a frieza que vinha da certeza da competência maior e melhor que o negão Didi mostrou ao mundo quando foi em baixo das traves vazadas de Gilmar, agarrou a bolota pelo rabo, caminhou com ela nos braços até o meio do campo e mandou o recado. Só vai dar nós, mundo bão! E assim foi. Uma enxurrada e o Brasil campeão. E como merecemos isso!

Não tinham certeza do que éramos capazes. Nós também não. Afinal, éramos aqueles que, como dizia Nelson Rodrigues, tínhamos alma de cachorro atropelado. Naqueles idos, tudo para nós, além de ser mais difícil, parecia impossível.

Nossos crioulos, índios e cafusos, além de uns dois ou três descendentes de italianos, mostraram ao mundo o que significava ter um Pelé e um Garrincha à disposição. Naquele dia de ventos fortes em junho de 1958, pulei feito um mico de alegria. Sinto saudades e sei que vou matá-las em breve. Na final da próxima Copa, bem aqui do lado, no velho novo Maraca.

Ganhamos pela primeira vez a Copa do Mundo e deixamos de ser capital de Buenos Aires. Viramos um país respeitado. Hoje somos pentacampeões. O hexa vai chegar e falta pouco.

Somos o país das manifestações, da corrupção, dos desmandos, dos desgovernos, da falta de saneamento básico, de hospitais e escolas. Dos vândalos, das favelas, do alto índice de mortalidade infantil, do analfabetismo e das favelas.

Ainda assim, esta Copa do Mundo de 2014 ninguém nos tira.

Basta que nossos atletas não subam no salto alto e que os cartolas não encham o saco. Deixem-nos concentrados que os adversários, independentemente de sua capacitação, cairão um a um como caem as bolas de boliche num strike. Ou ainda, as mangas podres do pé.Quem viver verá. Esta será mais uma vez, a nossa Copa do Mundo. Vai redimir o apagão de 1950. Chega de Maracanazo ! Basta, agora, apenas, darmos mais um pouquinho de tempo ao tempo. 98 dias para começar e cento e dezoito para terminar.

Vai dar Brazil com Z ou com S na cabeça!!!

Novamente vou pular como um mico que ganhou frutas dos bonitões do tal primeiro mundo.

Ronaldo Gomlevsky