O novo memorial foi construído como se fosse uma colina escavada no Parque Olímpico de Munique (imagem oficial renderizada por computador) |
Nesta terça-feira, dia 5 de setembro completam-se 45 anos do ataque executado pelos terroristas palestinos do grupo Setembro Negro, contra a delegação israelense na vila olímpica de Munique, na Alemanha. Durante o ataque e depois, na tentativa mal preparada e conduzida pelo exército alemão de impedir a fuga dos terroristas levando os reféns, onze atletas e membros da comissão técnica israelense foram assassinados. Foi o primeiro ato terrorista televisionado em rede mundial.
A organização Setembro Negro criou seu nome sobre um incidente que nada tem a ver com judeus ou com Israel. Em setembro de 1970 os palestinos que estavam na Jordânia (já a maioria numérica da população) partiram para uma revolução armada contra o Rei Hussein, que na defesa do país, matou 10.000 palestinos em duas semanas, número várias vezes superior a todos os palestinos que morreram em conflitos com Israel ao longo do século 20 e 21. E contra a reação Jordaniana, Arafat resolveu mandar matar judeus.
A placa antiga em frente ao prédio da Vila Olímpica era a única lembrança que havia em Munique, sempre cheia de pedrinhas deixadas por visitantes judeus e não judeus em lembrança aos mortos |
Os membros das famílias dos israelenses mortos estarão em Munique para a inauguração do novo memorial, uma dívida já muito antiga que a Alemanha decidiu pagar apenas após o prefeito Eduardo Paes, em conjunto com o presidente do COB Isaac Nuzman e o presidente do COI, o ex-atleta alemão Thomas Bach, realizarem no Palácio da Cidade, durante a Olimpíada do Rio de Janeiro 2016, a primeira cerimônia pública e oficial em memória aos atletas israelenses assassinados. Thomas Bach foi campeão olímpico por equipes em esgrima, na Olimpíada de Montreal em 1976.
O primeiro evento oficial do COI a respeito dos israelenses assassinados em Munique aconteceu no Palácio da Cidade no Rio de Janeiro durante a Olimpíada de 2016. Fotos de José Roitberg |
O novo memorial é um reconhecimento tardio que
complementa a singela placa colocada em 1973, do lado de fora do prédio da ex-vila olímpica onde a tragédia se desenrolou.
Não podemos deixar de lado também o feito imbatível de outro atleta judeu na Olimpíada de Munique: o nadador norte-americano Mark Spitz levou a impressionante soma de sete medalhas de ouro na competição.