quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FILME ÊXODO BANIDO POR MUÇULMANOS

Liberdade artística pode ser utilizada para revisionar o texto da Bíblia? Por que muçulmanos, judeus e evangélicos estão contra o filme Exodus Gods end Kings? Os hebreus construíram ou não as pirâmides?

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Pirâmide do faraó Ramses II no Vale dos Reis

por José Roitberg - MENORAH BRASIL

Os judeus estão pouco ligando para essa nova onda de produções bíblicas computadorizadas de Hollywood e até mesmo das séries especiais para TV. Um dos pontos é simples: os ortodoxos judeus, que deveriam ser os mais indignados não vão ao cinema, não assistiram ou assistirão nem o Moisés de Bale nem o Moisés de Heston. Essas coisas simplesmente não existem para eles.

Já os judeus seculares, progressistas, conservadores, que foram à tramóia de Ridley Scott, ou se calam ou não percebem. Estas pessoas se indignariam imediatamente contra um filme revisionista do Holocausto, mas não se importam com um filme revisionista da Torá. E já caiu no esquecimento, a história de Noé contada pela perspectiva enviesada de Russell Crowe, onde Deus envia centenas ou milhares de demônios gigantes para atormentar um patriarca bíblico.

No caso do Moisés atual, as duríssimas críticas vem dos setores evangélicos norte-americanos e de governos muçulmanos árabes. Os norte-americanos apontam várias distorções e adulterações do texto do Torá em relação à história mostrada em 3D, sendo as principais, um Moisés branco, ruivo, guerreiro, líder militar brandindo sua espada pronto à enfrentar as hordas do faraó, quando o mar se abre devido a um terremoto. Ora, ora, ora... Isto é outra história: não é a narrativa bíblica.

Irritados também com esta questão de remover Deus do Êxodo e taxar Moisés de guerreiro, e não profeta pacifista, inclusive no Islã onde é chamado de Abu Musa (o Pai Moisés), o Marrocos proibiu a exibição do filme. O Egito também proibiu, apontando este fato anterior, além de diversas outras discrepâncias históricas sendo a principal, no caso deles, o 'fato' de que os judeus não construíram as pirâmides.

Aí a narrativa egípcia, judaica e holywoodiana se complicam. A datação correta para o que nós, ocidentais consideramos pirâmides, que é o complexo de Giza, com esfinge etc, é conhecida: terminada (pirâmide de Giza, Cheops, ou Khufu) em 2540 antes da era comum. A passagem dos Hebreus e o Êxodo teriam ocorrido, segundo a Torá há 3.250 anos atrás, portanto em torno de 1250 antes da era comum, após quase 400 anos de escravidão ou seja, meros 1.000 anos após a construção de Giza que é o túmulo do faraó, Khufu e não do faraó Ramses. Isto é fato histórico. Dizer que os judeus não construíram Giza é correto. Mas pelo menos os egípcios acabaram afirmando o que a ortodoxia judaica sempre afirma: eram judeus mesmo antes de receberem os 10 Mandamentos. O que é um discurso curioso para um regime islâmico.

Para ficar muito claro sobre as seis pirâmides de Giza: Khufu concluída em 2560 AEC; Khafre, reinou de 2558 a 2532 AEC; Menkaure, provavelmente sucedeu Khafre.

E as pessoas não levam em conta, pois é algo de que não se fala abertamente, que até o ano de 2008, haviam sido descobertas nada menos que 138 pirâmides no Egito, sobrando 135 além das do complexo de Giza construídas em outras épocas.

Ramsés, o faraó da narrativa bíblica tinha sua pirâmide no Vale do Reis e é essa que você vê na foto acima, com degraus, construída durante seu reinado, 1279 a 1213 AEC. Hoje virou peça de exposição no Museu do Cairo. Ramsés também foi responsável por muitas construções em Luxor e Karnak, portanto não faltava trabalho para escravos durante seu reinado.

Assim ao Egito afirmar que os judeus não construíram as pirâmides, generaliza, mistura história factual e datas corretas com a necessidade de remoção dos hebreus-judeus de sua história, e está correto ao afirmar que aquelas três pirâmides emblemáticas não foram construídas por judeus, e prefere deixar as pessoas na ignorância quanto às outras e quanto ao túmulo correto de Ramsés.

A produção de 'Exodus: Gods and Kings' não é dos grandes estúdios. Veja quem financiou.

Chernin Entertainment - Peter Chernin, nascido em 1951 em Nova Iorque é filho de pai judeu e cresceu como "unitarian" conforme sua própria biografia. O Unitarianismo é um movimento teológico cristão que entende que Deus é uma pessoa, no caso Deus é Jesus. Isto meio que explica a remoção do Deus na visão judaica bíblica do filme. Este sujeito, faz parte da direção da American Express e do Twitter além de várias entidades de luta contra a malária e a AIDS. É levantador de fundos para o Partido Democrata e amigo pessoal de Obama. Colocou uns 160 milhões de dólares na película.

A crítica cinematográfica que desconhece a biografia do produtor, coloca como uma "decisão contundente do diretor" colocar Deus como uma criança, mas agora você já sabe que provavelmente Chernin determinou a Scott que assim o fizesse.

Crítica do Cineclick: "...Entretanto, o maior erro de Ridley Scott foi se esforçar para fazer o público entender a injustiça e horror da forma como os judeus eram tratados e abusados nas mãos egípcias. Nunca conhecemos realmente o povo, apenas vemos ministros egípcios comentando sobre número de escravos, o que distância os oprimidos do espectador. Sem falar que outro ponto importante, os Dez Mandamentos, ficam de lado e aparecem apenas em uma cena rápida..."

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Abertura da matéria de 4 páginas da revista Veja

A crítica da revista Veja foi pior, senão antissemita para quem não leu. Isabela Boscov a plenipotenciária cinematográfica e pirotécnica da revista, que era objeto de uma comunidade simpática no Orkut - Eu Odeio Isabela Boscov - deu ao seu texto o título singelo: O Patriarca do Terror, induzindo o leito a fazer uma ilação entre Moisés que aterrorizou os pobres coitados egípcios, é o pai dos judeus que hoje aterrorizam os palestinos e quiçá o resto do mundo.

Mas no artigo ela é taxativa: "Que Moisés é esse? O galês Christian Bale como general egípcio que se descobrirá judeu e receberá de Deus a missão de libertar seu povo da escravidão: um patriarca guerrilheiro que não tem respaldo nem na Bíblia nem na historiografia." Boscov ainda afirma que Scott faz uma grande série de ilações pretendendo demonstrar que os judeus são culpados pelo terror que os ataca hoje ou atacou durante o Holocausto, pois fizeram o mesmo com os "árabes". Cita uma sequência não bíblica onde os hebreus atiram flechas flamejantes contra os barcos egípcios dizendo que isto é para justificar que o Hamas esteja hoje lançando foguetes contra Israel.

Já o ator principal, Christian Bale, que além do nome óbvio se imortalizou nas telas fazendo padres guerreiros em futuros apocalípticos disse que ao ser contratado para o papel, passou a estudar Moisés na Bíblia e no Corão (?) e chegou a conclusão que o profeta era um "bárbaro esquizofrênico".

Há liberdade artística sobre texto bíblicos? Isso é ético? Ou trata-se apenas de propaganda religiosa de um obscuro setor cristão de negação dos fundamentos da religião judaica?

Todos sabem que a diferença entre livros e filmes baseados em livros é enorme e por vezes a tela conta outra história completamente diferente, como é o caso do filme mais emblemático de Riddley Scott, Blade Runner, O Caçador de Androides que do livro original de Phillip K. Dick, 'Do Androids Dream of Eletric Sheeps', tem apenas o nome de alguns personagens e profissão do protagonista.

Quanto ao caráter caucasiano do elenco, uma das críticas mais fortes sofridas pelo Êxodo atual, falamos do mesmo estabelishment que colocou Elizabeth Taylor, sua brancura de neve e olhos cor de violeta como a Rainha do Nilo, para delírios e sonhos das plateias.

HÁ 109 ANOS UM JUDEU ASSUMIA O MINISTÉRIO DA FAZENDA DO BRASIL

Às vésperas da nomeação de Joaquim Levy, lembramos do primeiro ministro de origem judaica a comandar a pasta das finanças no Brasil: David Morethson Campista.

David Morethson Campista.

Redação - MENORAH BRASIL

Em 22 de janeiro de 1863 nascia na então Corte Imperial do Brasil David Morethson Campista. Filho de um humilde farmacêutico chamado Antônio Leopoldo da Silva e da dona de casa Emília Morethson Campista, filha de uma imigrante das primeiras levas de judeus a desembarcarem no país após a sua independência, era ela portanto judia de ventre assim como seu filho, batizado com o mesmo nome do lendário rei de Israel.

David Morethson Campista se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1883. Fixou residência em Rio Preto, na então província de Minas Gerais, onde foi Agente Executivo Municipal, exerceu a Promotoria Pública e organizou o Clube Republicano de Rio Preto. Em 1891, após a queda da monarquia, foi nomeado intendente de Rio Preto, onde instalou a primeira tipografia e lançou o primeiro jornal, o “Rio Preto”.

Foi Deputado Estadual por Minas Gerais entre 1891 a 1892. Assumiu a Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas no governo de Afonso Pena, durante o período de 1892 a 1894. Como Secretário, incentivou o ensino profissional, criou os institutos zootécnicos de Uberaba e Campanha e os institutos agronômicos de Itabira e de Leopoldina. Organizou também a Comissão Construtora da Nova Capital (Belo Horizonte) e introduziu no Estado 50 mil imigrantes estrangeiros, muitos deles também de origem judaica.

Entre 1894 e 1898, dirigiu o serviço de imigração na Europa como comissário do governo mineiro em Gênova, Itália. Posteriormente, foi Secretário das Finanças do presidente (governador) de Minas Gerais Silviano Brandão (1899-1902).

Durante o período de 1903 a 1906, exerceu o cargo de Deputado Federal, quando foi o relator do projeto de reforma do Banco da República, depois Banco do Brasil. Foi quando Afonso Pena, agora presidente da república, o nomeou para o ministério da Fazenda. Permaneceu à frente das finanças nacionais até 14 de junho de 1909, quando se tornou embaixador do Brasil na Dinamarca. Enquanto ministro, cunharam-se as moedas de prata de dois mil, um mil e de quinhentos réis; sancionou-se o decreto legislativo definindo a letra de câmbio e a nota promissória; regularam-se as operações cambiais; autorizou-se empréstimo para ocorrer às despesas com os serviços de água da Capital da República e construção de vias férreas bem como a emissão de apólices para a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

1907 - 06 - 29 - 0012 - FONFON - automovel com família de DAVID MORETZON CAMPISTA
publicada na revista Fon-Fon de 29/jun/1907

Foi no exercício de sua função diplomática que David Campista faleceu, em Copenhagem, no dia 12 de outubro de 1911. Seu corpo embalsamado foi trasladado para o Rio de Janeiro, onde foi sepultado no Cemitério do Catumbi.

Quase 100 anos depois do nascimento de David Campista, também no Rio de Janeiro, vinha ao mundo Joaquim Vieira Ferreira Levy. O futuro Ministro da Fazenda descende pelo lado paterno de uma prestigiosa família de judeus de Salônica. Sa´adi Besalel a-Levi (1820-1903), filho de Besalel a-Levi Ashkenazi e Merkada (Morpurgo) Kovo, cantor e compositor, editor de textos religiosos e seculares em hebraico e ladino e do jornal "La Epoka", viveu o momento de transição desta comunidade na entrada para a era contemporânea e laica. Rebelde, ele se indispôs com rabinos e foi excomungado. Amargurado escreveu as memórias em ladino e caracteres solétreos. É uma visão contestadora de aspectos desta comunidade e também um documento linguístico. O manuscrito passou ao filho, que deixou para o sobrinho, e este ao filho, o médico carioca Sadi Sílvio Levy – pai, dentre outros, de Joaquim Levy.

O raro manuscrito foi doado por Sadi Sílvio Levy para o Jewish National and University Library em Jerusalém, com a intenção de ser publicado numa edição bilíngue. Com edição e introdução de Aron Rodrigue e Sarah Abrevaya Stein, tradução e transliteração de Isaac Jerusalmi ele foi publicado neste ano como era o desejo do seu doador.

ORAÇÃO JUDAICA PARA PEDIR CHUVA

Ela é introduzida na Amidá, que é a oração judaica fundamental, dita três vezes ao dia - preces matutina, vespertina e noturna - no início de dezembro ou final de novembro pedindo as chuvas de inverno em Israel. São as chuvas que permitem a vida e a agricultura no ano seguinte. É uma das mais belas orações judaicas e desconhecida por um grande número de pessoas. Editamos a Tefilat ha-Gueshem, para você, com imagens da chuva em Israel e a voz de um dos melhores cantores litúrgicos da atualidade.

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PROFESSOR ANDRÉ CHEVITARESE FALA SOBRE O NATAL E O JUDAÍSMO EM MENORAH NA TV

TERRORISTAS LANÇAM TUTORIAL DE COMO ESFAQUEAR JUDEUS

Em vídeo livremente acessível pela web, radicais palestinos ensinam técnicas de assassinato.
Redação – MENORAH BRASIL
Um vídeo produzido por um grupo palestino autointitulado “Resistentes da Ocupação na Cisjordânia e Jerusalém”, ensina a como esfaquear judeus de forma eficiente e sem chamar a atenção das pessoas. Nas imagens, dois militantes mascarados aplicam técnicas de ataque com arma branca pelas costas e até formas de como degolar uma vítima. No tutorial, os terroristas também ensinam formas de aumentar a extensão dos ferimentos. O grupo que assumiu a autoria do vídeo é um braço do Hamas.
O tutorial é mais uma peça da intensa campanha de incitação à violência que vem sendo patrocinada pelo Hamas, com a cobertura da Autoridade Nacional Palestina. Além dos esfaqueamentos, o uso de carros como arma também vem sendo glorificado pela propaganda palestina.
http://youtu.be/yS6BHBai2Ug

ALEMÃES QUE ODEIAM O ISLÃ

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O movimento "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente" (Pegida, em alemão) carrega os seus medos no nome. Desde meados de outubro, o grupo protesta todas as segundas-feiras de noite em Dresden contra tudo o que eles consideram como "islamização", abuso das leis de asilo ou ameaça à cultura alemã.

Essas preocupações não se refletem em slogans abertamente racistas, mas em faixas com dizeres do tipo "Unidos e sem violência contra guerras religiosas em solo alemão". Os manifestantes foram instruídos pelos organizadores a não falar com a imprensa. Com o aumento do número de participantes, as marchas ganharam notoriedade nacional: se inicialmente eram apenas algumas centenas de pessoas, agora já chegam a 10 mil.

De acordo com a associação Kulturbüro Sachsen, que monitora a cena neonazista no estado da Saxônia, não há extremistas de direita envolvidos na organização das manifestações. Entre os organizadores há, por exemplo, pessoas que já foram ligadas ao Partido Liberal Democrático (FDP).

Os organizadores se distanciam explicitamente do radicalismo de direita. No entanto, muitos neonazistas participam das marchas e apoiam o movimento. Questionado pelo jornal Sächsische Zeitung se a presença deles incomoda, o iniciador do Pegida, Lutz Bachmann, evitou responder a pergunta e preferiu afirmar que, pela lei, não pode proibir a participação de ninguém.

Apesar da presença de neonazistas e de grupos de hooligans e gangues de motoqueiros nas marchas, cidadãos comuns formam a grande maioria dos manifestantes. "Nós vimos pessoas de classe média baixa e muitos torcedores de futebol", disse Danilo Starosta, do Kulturbüro Sachsen. Os organizadores do Pegida conseguiram mobilizar pessoas muito além dos habituais círculos de extrema direita.

Em muitas cidades alemãs foram criados grupos no Facebook seguindo o modelo do Pegida. E há chances de sucesso: estudos apontam que até um quarto da população alemã é suscetível a ideias populistas de direita. Mas ao contrário do que ocorre no Reino Unido e na França, apenas uma pequena parcela considera votar em partidos políticos que seguem essa linha ou sair às ruas.

A presidente Angela Merkel se posicionou em discurso na TV contra a parcela da população que se manifestou acima. Note que ela jamais fez isso quando setores da população alemã, incluindo aí os muçulmanos alemães foram para as ruas contra os judeus, pedindo que os judeus fossem expulsos da Alemanha ou, de preferência mortos, numa continuação da sanha nazista.

Rio de Janeiro recebe barca com ar-condicionado e inaugura simulador de trens da Supervia

Fotos GOV/RJ - Bruno Ilan

O Governo do Estado inaugurou o primeiro simulador de operação ferroviária para treinar 320 maquinistas da SuperVia. O aparelho faz parte do Centro de Treinamento Operacional (CTO) da concessionária, que também conta com mais dois simuladores, um de condução de trens e outro do novo sistema de reforço à sinalização, o Automatic Train Protection (ATP). De última geração, o novo equipamento vai aprimorar a capacitação e reciclagem dos maquinistas, além de possibilitar o melhor desempenho na condução, na manutenção e em situações de emergência. O simulador foi fabricado na China, através do consórcio National Machinery Import & Export Corporation, e possui painéis e comandos idênticos aos novos trens adquiridos pelo governo.

Para deixar a simulação o mais perto possível da realidade, as imagens reproduzidas no telão da sala de treinamento foram filmadas com uma câmera, instalada na parte dianteira dos trens, que registrou o percurso de todos os ramais. O instrutor que estiver aplicando o treinamento poderá, ainda, criar situações adversas para avaliar o desempenho dos condutores, como chuva, neblina e ocorrências operacionais.

– O simulador chega num momento de fundamental importância para dar agilidade ao processo de formação de nossos maquinistas. Serão 110 novas composições em operação, momento em que se faz necessário intensificarmos a contratação de novos condutores e, consequentemente, capacitá-los adequadamente para o novo momento de transformação que o setor ferroviário vive – explicou Carlos José Cunha, presidente da SuperVia.

A barca Pão de Açúcar e mais quatro trens chineses também chegaram ao Rio. A primeira das sete novas embarcações de dois mil lugares compradas pelo Governo do Estado na China foi entregue, nesta segunda-feira (22/12), no Porto do Rio, junto com mais quatro trens chineses. A barca Pão de Açúcar vai operar na linha Praça XV-Arariboia e os trens, nos ramais da SuperVia. O governador Luiz Fernando Pezão acompanhou o desembarque dos veículos.

– A chegada da barca e dos trens é mais uma conquista para o Estado. Há mais de 50 anos, não era comprada uma nova embarcação. Estamos colhendo os frutos dos investimentos que fizemos nos últimos anos. A população ganha conforto e dignidade com as aquisições. Em 2015, o Governo do Estado vai entregar mais barcas, trens e carros para o metrô – afirmou o governador.

A embarcação Pão de Açúcar faz parte da grande renovação da frota da linha Praça XV-Arariboia. Os sete catamarãs, equipados com ar condicionado, bicicletário, janelas panorâmicas, 100% de acessibilidade e dois andares, com possibilidade de embarque e desembarque simultâneos. As barcas contam ainda com dupla proa, o que elimina a necessidade de manobras para atracação, otimizando o tempo de viagem.

Os quatro novos trens vão ampliar a oferta diária em 48 mil lugares. Os veículos fazem parte de um lote de 70 composições chinesas compradas pela Secretaria de Transportes, das quais 20 já estão em circulação. Somando os dois lotes de veículos comprados pelo Estado para atender a demanda de passageiros da SuperVia, são, ao todo, 50 trens vindos da China já em operação.

Com capacidade para transportar 1,2 mil pessoas, cada trem chinês conta com refrigeração, passagem interna entre os carros, sistema que impede a abertura de portas durante as viagens, monitoramento interno por câmeras de segurança, bagageiros, interiores mais amplos e iluminados, além de painéis de LED.

domingo, 21 de dezembro de 2014

TÉCNICA DE ISRAEL REFORÇA O TRATAMENTO DA ASMA EM CRIANÇAS

As grandes cidades convivem diariamente com a poluição. Por essa razão, milhares de pessoas desenvolvem asma ao longo da vida, inclusive as crianças. Em busca de uma solução para detectar as causas da doença nos pequenos, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriu um novo método de investigação do pulmão.

A técnica, chamada de Escarro Induzido, estimula a expectoração de muco após a inalação de uma solução salina pelo paciente e permite analisar partículas pequenas que, até então, não eram detectadas por outros exames. O objetivo dos estudos é ajudar os pais a protegerem seus filhos de ambientes poluídos e mostrar a importância de um diagnóstico correto e do monitoramento da saúde dos pacientes.

Os testes com o método de Escarro Induzido começaram no Ground Zero, em Nova York. O local foi construído no espaço onde ficavam as torres do World Trade Center, antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. As equipes que trabalharam nos escombros foram expostas a partículas perigosas e muitos desenvolveram uma tosse grave.

Para analisar os efeitos dessa exposição, a Professora Elizabeth Fireman, da Universidade Sackler de Tel Aviv, foi até Nova York e testou o método do Escarro Induzido em 39 bombeiros que trabalharam no local dos ataques no período de setembro de 2001 a maio de 2002. O resultado assustou os pesquisadores e foi possível confirmar que os trabalhadores inalaram metais muito perigosos, inclusive mercúrio.

Após a conclusão dos testes, a Professora Fireman se uniu a uma equipe de pesquisadores e publicou um novo estudo nos Arquivos Internacionais de Saúde Ocupacional e Ambiental, mostrando as vantagens de utilizar a técnica do Escarro Induzido para avaliar o efeito da poluição em crianças asmáticas. “Depois do nosso último estudo sobre a exposição ocupacional, decidi analisar o setor mais vulnerável no campo da asma – as crianças”, comentou a professora.

Segundo ela, os atuais sistemas de monitoramento dos ambientes são capazes de medir partículas grandes de poluição, geralmente expelidas naturalmente pelo pulmão. Todavia, é preciso saber o que acontece com as partículas menores, que atacam os sistemas imunológicos do corpo e afetam crianças com asma.

Foram analisadas 136 crianças com idade entre 2 e 12 anos de idade, que já tinham histórico de asma e eram pacientes do Centro Médico Sourasky, em Tel Aviv. “Não descartamos a importância da manutenção de estações ambientais, mas elas não podem ser usadas como única medição dos níveis de poluição”, concluiu a Professora Fireman.

Ainda é preciso investigar a viabilidade da técnica em grandes populações, mas a descoberta representa uma nova ferramenta para o tratamento da asma em crianças, evitando complicações e o agravamento do quadro dos pacientes ao longo da vida.