quarta-feira, 13 de abril de 2011

Leis de Dispensa para Pessach

Dispensa de Funcionários Públicos Municipais

LEI Nº 1410, DE 21 DE JUNHO DE 1989.
"Lei Gomlevsky"


Determina o Poder Executivo dispensar os servidores no dia e nas condições que menciona, e dá outras providências.

Autor: Vereador Ronaldo Gomlevsky

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,

Faço saber que a Câmara Municipal do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - Os servidores do Poderes Legislativo e Executivo, da Administração Direta e Indireta, que professam a religião judaica, ficam dispensados de assinar ponto nos dias determinados à observância de YOM KIPPUR, PESSACH e ROSH HASHANÁ.

Parágrafo Único - Serão computados como de efetivo exercício, estes dias, não acarretando ao servidor prejuízos de seus direitos e vantagens.

Art. 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 21 de junho de 1989.
MARCELLO ALENCAR

Lei de Dispensa de Funcionários Públicos Estaduais – RJ
LEI Nº 2874, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997.

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO ESTADUAL A DISPENSAR OS FUNCIONÁRIOS NOS DIAS E NAS CONDIÇÕES QUE MENCIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 
O Governador do Estado do Rio de Janeiro, 

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de  Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica autorizado o Poder Executivo Estadual a dispensar  os funcionários, que professam a religião judaica nos dias determinados à observância de Yom Kippur, Pessach e Rosh Hashaná.
Parágrafo único - O disposto no “caput” deste artigo não acarretará aos funcionários prejuízos de seus direitos e vantagens.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 1997.
MARCELLO ALENCAR
Governador


Dispensa de Funcionários Públicos Federais
De acordo com a portaria, os feriados declarados em leis municipais ou estaduais devem ser observados pelas repartições da administração federal, em suas respectivas localidades.

Os dias de guarda de credos e religiões não contemplados pela portaria poderão ser compensados, de acordo com o que determina a lei n.º 8.112/90. Nesses casos, é necessária prévia autorização da chefia."

Isso significa que os funcionários públicos federais que trabalham em todas as cidades do Estado do Rio de Janeiro têm direito de dispensa nos dias de Pessach, Rosh Hashaná e Iom Kippur, de acordo com a Lei Estadual 2874/1997


Acordo Coletivo do Sindicato de Professores – RJ

CONVENÇÃO COLETIVA que entre si fazem, de um lado, o SINDICATO DAS ENTIDADES MANTENEDORAS DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO e, de outro lado, o SINDICATO DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, mediante as seguintes cláusulas, na data-base de 01/04/2001:
III - JORNADA/DESCANSO E LICENÇA DO PROFESSOR: 
Cl. 19 - Datas Judaicas
Não serão descontadas dos salários dos professores Israelitas as ausências nos dias de feriados judaicos, a saber: Dia do Perdão e Ano Novo Judaico.
Cl. 41.ª - Vigência
O presente instrumento terá vigência de um ano, a partir de 1.º de abril de 2001.
Rio de Janeiro, março de 2001 
José Luiz Barra
Vice-Presidente do SEMERJ
Claudio Barçante Pires
OAB/RJ - 61.202 - Advogado do SEMERJ
Francílio Pinto Paes Leme
Presidente do Sinpro-Rio
Rita de Cássia S. Cortez
OAB/RJ - 39.529 - Advogada do Sinpro-Rio

Para Advogados – RJ

Além das dispensas aos funcionários públicos, há ainda o direito ao adiamento de audiências nas quais tenham de comparecer advogados judeus, para o dia de YOM KIPUR, desde que requerido com antecedência, conforme decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça deste Estado, em atendimento ao pedido formulado pela Diretoria Jurídica da FIERJ juntamente com a ANAJUBI.

A decisão foi do CONSELHO DA MAGISTRATURA do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, publicada no D.Oficial de 04/04/2006, que tem o seguinte teor:
"Por unanimidade, deliberou o Conselho da Magistratura em recomendar aos Exmos. Srs. Juízes de Direito, em atuação no 1o. grau de jurisdição, no sentido de mediante prévio requerimento dos advogados de fé mosaica, sem prejuízo as partes, recolhidas as custas que forem devidas para eventuais intimações, acolher pedidos de adiamento ou de designação de nova data para as audiencias que recaiam no feriado religioso do "Yom Kipur" (Dia do Perdão)" - Jacksohn Grossman - Diretor Jurídico da FIERJ

Dispensa de Alunos e outros profissionais
Não há legislação que contemple alunos de escolas, faculdades e outros cursos, nem outras categorias profissionais. Nestes casos, deve-se sempre procurar um acordo.

terça-feira, 22 de março de 2011

A revolta do Batalhão Naval

Este livro trata de um episódio pouco conhecido da nossa história ocorrida dias depois da Revolta da Chibata e tendo praticamente os mesmos protagonistas.

A Revolta do Batalhão Naval, embora fosse continuidade daquela e tenha sido mais duramente reprimida que ela, acabou ofuscada e relegada, quando muito, aos rodapés dos livros acadêmicos. Henrique Samet é professor doutor em História, professor adjunto do Setor de Letras Orientais e Eslavas na Faculdade de Letras da UFRJ. Pesquisador e autor de trabalhos acadêmicos na área de polícia política na República Velha e sobre a moderna comunidade judaica no Rio de Janeiro. A Livraria da Travessa de Ipanema fica na rua Visconde de Pirajá, 572 e o lançamento será no dia 29 às 19h.

Wiesenthal está vivo

O Wiesenthal Center divulgou em grande evento em Nova Iorque o relatório 2010 sobre Ódio na Internet. A pesquisa mostrou que houve um crescimento de 12% desde 2009 e até o final do ano passado havia 14.000 sites e perfis que podiam ser englobados na categoria "ódio". O relatório aponta tendências que assustam. A primeira a disseminação de jogos onde o objetivo é o ódio a judeus, negros, gays, latinos e africanos. A segunda preocupação é o roubo de identidade, quando divulgadores do ódio se fazem passar por pessoas comuns e até mesmo por ativistas anti-ódio ou pelos direitos humanos. E a terceira é o incremento do uso da internet e redes sociais por clérigos muçulmanos jihadistas não só para incitamento mas para envio de instruções técnicas e recrutamento para ações terroristas individuais.

Dedicação total

Não podemos esperar outra coisa de um povo como o japonês. Os funcionários da empresa de energia a qual pertence a enorme planta nuclear de Fukushima, com seis reatores, estão trabalhando trocando fiação, bombas hidráulicas e elétricas, lançando água da única forma possível e tentando reparar os danos do terremoto e maremoto que superaram as especificações de segurança, duríssimas, exigidas no Japão. Essa gente está trabalhando sabendo que seu desprendimento é a tentativa de salvar todos os outros. O ambiente é tão terrível que, segundo a ONU, estão expostos a 1.600 vezes o nível de radiação que cada um de nós recebe por dia. Para ficar bem claro, uma hora em Fukushima equivale a quase cinco anos em qualquer outro lugar. Radiação não tem fronteira e está se espalhando. A água das torneiras da megalópole Tóquio já apresenta resíduos radioativos prejudiciais. Dos seis reatores, o sistema de segurança de dois funcionaram perfeitamente, mas os outros foram destruídos. As explosões aumentaram os danos. A situação mais complexa é de um dos reatores danificados que não funciona apenas com urânio, mas com uma mistura de urânio e plutônio, que pode liberar um nível de radiação muito maior que o reator simples. Ainda não há como comparar este acidente nuclear com os anteriores pois são seis reatores envolvidos e não há uma zona segura ao redor de um reator danificado para minimizar os danos genéticos aos trabalhadores.

Ciúme Europeu

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terminou nesta semana seu giro pela América Latina, destinado a reforçar laços econômicos e investimentos na região. Para a imprensa alemã, a viagem de Obama à América Latina em um momento tão delicado é, no mínimo, questionável. Segundo reportagem do jornal alemão Der Tagesspiegel, o momento não poderia ser mais desfavorável. "Desastre nuclear no Japão e revoltas no norte da África - há quem diga que o presidente dos Estados Unidos teria mais o que fazer do que visitar a América Latina", publicou o diário no sábado. Washington vê a visita como uma oportunidade para reafirmar a influência norte-americana região totalmente negligenciada pelo predecessor de Obama, George W. Bush. A presidente Dilma Rousseff e Obama assinaram uma série de acordos, que incluem a redução de barreiras comerciais e a ampliação da produção de petróleo e gás brasileiros no Golfo do México. O petróleo encontrado recentemente na costa brasileira pode equivaler a duas vezes as reservas norte-americanas. "Queremos ajudar o Brasil com tecnologia e apoiar o desenvolvimento dessas reservas de petróleo de forma segura, e quando vocês estiverem prontos para começar a vendê-lo, seremos um dos seus melhores fregueses", disse Obama.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sorvete de Mãe

Um restaurante em Convent Garden, no centro de Londres, lançou um sorvete feito à base de leite materno. O "Baby Gaga", como foi batizado, é produzido a partir de leite doado por 15 mulheres britânicas. O produto é pasteurizado antes de ser batido com baunilha e casca de limão. Nas ruas de Londres, a criação, no entanto, divide opiniões. Uma mulher não quer nem experimentar, enquanto outra aprova, dizendo que o sorvete é um pouco diferente do tradicional. "Mais cremoso", completa a britânica. Mas ao pagar pelo "Baby Gaga", talvez o sabor se torne um pouco mais amargo. A iguaria custa 14 libras esterlinas, aproximadamente R$ 40. Você se habilitaria?

Becalel e o Golem

Sem muito alarde local ou internacional, a República Tcheca lançou uma série especial de uma moeda de prata para marcar os 400 anos da morte do rabino Jehuda Löw ben Becalel.

Por acaso, nós, brasileiros, judeus ou não, sabemos quem ele terá sido? Qual é a importância nacional, deste religioso judeu, para os Checos? Nascido em 1520, portanto há quase meio milênio, quando mal havia habitantes portugueses no Brasil, Becalel foi um dos maiores estudiosos do judaísmo. Era conhecido como o "Maharal de Praga"- acrônimo do hebraico Moreinu ha-Rav Loew, (Nosso Professor o Rav Löw). Filósofo, Talmúdico e místico, em seu tempo, foi o rabino chefe de Praga. Seu trabalho principal é o Gur Aryeh al HaTorah que vem a ser um apanhado de idéias sobre os comentários de Rashi. Popularmente, o Maharal de Praga ficou mundialmente conhecido pela lenda do Golem, um grande homem de barro, muito forte e praticamente indestrutível, trazido à vida para defender os judeus do Gueto de Praga dos ataques antissemitas. Löw, com sua capacidade mística, teria criado este "ser" defensor dos judeus a partir do barro, como D'us teria criado o homem. Ocorre que esta lenda surgiu impressa 200 anos após a morte do Maharal e, quem sabe, talvez seja apenas uma boa história do século 18. A moeda comemorativa mandada cunhar pelo Estado Tcheco demonstra claramente como o judaísmo sempre esteve fortemente presente na formação de seu povo.

Morre o escritor Moacyr Scliar

Moacyr Scliar, escritor gaúcho, membro da Academia Brasileira de Letras, morreu na madrugada deste domingo (27) , aos 73 anos, no Hospital de Clínicas em Porto Alegre. A causa de sua morte foi a falência múltipla de órgãos devido às consequências de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele sofreu o AVC em 17 janeiro, quando se recuperava de uma cirurgia no intestino. Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre, em 23 de março de 1937. Filho dos imigrantes judeus José e Sara Scliar, oriundos da Bessarábia (União Soviética), Scliar cresceu no bairro Bonfim, tradicional reduto judeu na capital gaúcha. Foi alfabetizado pela mãe, que lhe deu o nome de Moacyr após ler o romance Iracema, de José de Alencar. Em 1962, publicou seu primeiro livro, Histórias de um Médico em Formação, um apanhado de contos sobre sua vida de estudante de medicina. Formou-se no mesmo ano. Casou-se, em 1965, com Judith Vivien Olivien, com quem teve um filho, Robertto. Autor de mais de 70 livros e eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2003, Scliar recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, sendo o último, o "Jabuti", pelo sucesso do livro" Manual da Paixão Solitária", em 2009. Além de escritor, Scliar foi colaborador dos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo. Teve textos adaptados para a televisão, teatro e cinema. Moacyr Scliar era dono de um temperamento dócil, de um caráter excelente, de um comportamento afável e era pródigo em amigos. Exemplo de conduta, deixa admiradores em todos os recantos do Brasil.

Terpins recebe o mundo judeu

Os principais líderes judeus do planeta se reunirão no Brasil no final de março para discutir a realidade judaica internacional na reunião anual da Junta Diretora do Congresso Judaico Mundial (WJC, sigla em inglês). "Este encontro é de enorme importância para os quase dezoito milhões de judeus que existem no mundo", destacou Jack Terpins, presidente do Congresso Mundial Judaico, Ramo Latinoamericano. Os debates acontecerão em São Paulo, entre os dias 27 e 30 de março, e servirão para analisar o atual mapa geo- político do Oriente Médio. Outro dos termas em discussão, será a presença cada vez mais forte do Irã em alguns países da América Latina. O antissemitismo e a mudança da política do Brasil com relação àquela dita república islâmica, também faz parte do grupo de temas que estará sobre a mesa de diálogos. "A expectativa deste grande encontro está centrada nos interesses e na agenda de todas as comunidades judaicas", destacou Terpins. "Creio que o que estão passando os judeus em certos países da América Latina com relação ao Irã é preocupante. Nosso papel é enfrentar com coragem os assuntos que dizem respeito à tranquilidade de nosso povo. Vamos dissecá-los, como sempre fizemos", ressaltou o presidente Terpins. "A preocupação é grande quanto à questão do terrorismo que pode se espalhar."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Desgraça ecológica

nota_07A chuva que castigou a região serrana fluminense há pouco mais de um mês e causou a morte de mais de 900 pessoas foi tão rara que pode levar cerca de 500 anos para ocorrer novamente. A conclusão faz parte de um estudo da Coordenação de Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O documento já foi encaminhado à Presidência da República e esta semana será entregue ao governo do Rio de Janeiro.
De acordo com o professor Paulo Canedo, especialista em hidrologia da Coppe e responsável pelo levantamento, os estragos observados na região foram consequência de uma combinação de fatores. Ele explicou que primeiro houve uma chuva não muito forte, mas de longa duração, que deixou o solo encharcado e instável. Em seguida, uma chuva frontal, decorrente de uma frente fria, incidiu sobre o Sudeste e particularmente sobre a serra, causando uma série de desastres. Ao mesmo tempo, uma chuva fortíssima atingia alguns pontos localizados, proveniente de uma formação de nuvens chamadas cúmulos-nimbus, que são de grande intensidade. Segundo o especialista da Coppe/UFRJ, o fenômeno teve uma agravante: a formação de barragens naturais nos rios com o material - imenso volume de terra, enormes pedras, árvores, entre outros - que deslizou das encostas e foi arrastado pela tromba d'água. Segundo ele, essa barragem não aguentou o acúmulo da água proveniente da chuva "astronomicamente grande" e se rompeu. Paulo Canedo destacou que diante desse cenário não seria possível evitar uma tragédia na região. Ele defende, no entanto, que algumas medidas preventivas poderiam ter reduzido o número de vítimas.

Táxi Turco para NY

Aqui no Brasil população, autoridades e motoristas de táxi nunca entenderam a necessidade de modelos de carros projetados para serem táxis. Em outros países, temos desde as lambretas tuc-tuc orientais até os táxis ingleses e os novaiorquinos. São veículos projetados para os motoristas e para os passageiros com soluções que não teriam funcionalidade para um carro de passeio. Aqui, pintamos de amarelo ou branco e vamos a luta. Mas a autoridade que controla os táxis de Nova Iorque decidiu fazer uma licitação popular e depois de escolhidos três finalistas a população escolheu o Karsan V1 projetado na Turquia. Ele bateu os modelos da Ford e Nissan com 66% dos votos populares. Os principais atributos são motor híbrido e econômico, janelas panorâmicas e rampas para cadeiras de rodas dos dois lados. O projeto permite a troca e uso de forma simples, de motores a diesel, gás natural ou totalmente elétrico. A decisão que sai no final do ano, pode colocar os já folclóricos motoristas "turcos" americanos (todos os árabes) num carro que lhes cairá bem no coração.

Holocausto made in Japan

nota_05Japão procura horror da Segunda Guerra Mundial em Tóquio e começa a escavar o local onde pode ter existido a secretíssima Unidade 731. Historiadores a relataram. Seus membros deram entrevistas, mas o governo japonês nunca admitiu a existência da 731 até agora. O receio é de desenterrar fantasmas de um momento terrível. As escavações estão sendo feitas no local onde existiu uma escola de medicina em que os cientistas japoneses teriam testado armas biológicas em prisioneiros de guerra. No final da vida, uma enfermeira não identificada, não aguentou e entregou a localização da 713. Ela garante ter participado do grupo que enterrou partes de corpos quando as tropas americanas começaram a ocupar a capital em 1945. Se forem encontrados corpos com traços de experiências médicas em vida, o governo japonês terá que admitir. As experiências eram similares às de Menguele e seus animais nazistas em Auschwitz: cirurgias sem anestesia, congelamento até a morte em testes de resistência e outras coisa horripilantes. Acredita-se que a maioria das vítimas seja de prisioneiros chineses, mas pode haver de outras nacionalidades. Estamos falando de uma época em que soldados japoneses, em terras invadidas, treinavam tiro e ataques com baioneta em prisioneiros chineses (como na foto da invasão japonesa de Nanquin, na China), birmaneses, tailandeses e filipinos. Muitos fantasmas ainda vão aparecer.

Tem judeu no samba

A escola de samba Pérola Negra, de São Paulo, exibirá o enredo "Abraão - O partriarca da fé," em seu carnaval de 2011. Ao contar a lenda de Abraão, comum as três tradições monoteístas - judaísmo, cristianismo e islamismo -, o objetivo da escola é ilustrar a importância, para a sociedade atual, da busca por algo divino para amenizar suas dores e cicatrizar suas feridas, pois nada é por acaso. A Ala judaica já se organiza e será a ala 18 (foto). Abraão Gilbert, conhecido apenas como Gilbert, foi convidado pelo presidente da agremiação Pérola Negra, Edilson Casal, para participar do desfile de 2011. "Estou muito feliz com o convite. Existem três coincidências ótimas da minha vida com o tema da Escola: também me chamo Abraão, nasci no Egito e sou Judeu. São coincidências muito fortes e eu não poderia recusar esse convite, era impossível ficar de fora", comentou.

Hamas se vendeu

Em entrevista dada à jornalista Felice Friedson, nossa conhecida, na ONU, Riyad Al-Malki, o Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina fez algumas declarações oficiais surpreendentes. Segundo ele o conflito interno palestino não é do Hamas com a Fatah, mas do Hamas com a OLP que abriga todas as outras facções palestinas, menos o Hamas, que não quer a realização das eleições este ano com receio de perder seus assentos no parlamento. Al-Maliki vai mais fundo e diz que o Hamas "vendeu seu espírito e sua independência a outros países. O Hamas não é livre para decidir sozinho. Eu penso que outros países decidem pelo Hamas. Isso é um problema real. Eu estou me referindo ao Irã em particular. É surpreendente, mas este é exatamente o problema: que o Hamas permitiu que outros países, como o Irã, interferissem e influenciassem os assuntos internos palestinos." E continua: "Precisamos fazer com que Gaza volte para a família palestina. Precisamos trabalhar pelo reconhecimento internacional do Estado da Palestina. Precisamos trabalhar para este setembro."

Ossos na areia

Quando Mubarak e Kadafi aparecem no vídeo, são quase androides mumificados. Cabelos de espigas de milho e peles que mais parecem cera de Madame Toussaud. Mubarak, de presidente a ditador em poucos dias não saiu matando seu povo. Kadafi de líder a carrasco em três dias, ordenou a execução de seus "filhos" nas ruas, atacados até pela aviação de guerra líbia. Filhos como ele sempre chamou o povo do país que domina com fogo nas mãos e ferro nas ideias, desde o golpe militar de 1969 comandando por Al Magrabi que logo deixou o poder para um oficial de baixa patente, Kadafi, que havia estudado na Real Academia militar na Inglaterra. Aos 27 anos, Kadafi se encastelou no poder, se auto-promoveu a coronel e lá ficou. Além de proibir os jogos de azar e bebidas alcoólicas, imediatamente expulsou os judeus da Líbia, país muçulmano na África que não havia entrado no dominó das expulsões dos judeus nos países vizinhos de 1948 e 1956. Ao longo de seu reinado, o coronel patrocinou o terrorismo internacional de forma aberta, pregou dezenas de vezes a destruição de Israel, como Ahmadinejad, descaradamente, faz hoje, e financiou grupos revolucionários islâmicos, principalmente no Egito, com o qual quase foi à guerra por várias vezes. Agora o tenente golpista sente na pele as décadas de incentivo à revolução. E como alternativa, manda massacrar seus antigos fiéis aliados não com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, mas com artilharia, canhões antiaéreos atirando em pessoas nas ruas, armas antitanque contra manifestantes e a ordem estúpida para sua aviação de combate disparar contra o povo. Heróis desse embrólio, são os dois coronéis aviadores e seus navegadores que levantaram voo completamente armados e se mandaram para a Ilha de Malta onde pediram asilo. No que diferencia um soldado de um assassino estes quatro militares líbios não cumpriram as ordens imorais que receberam. Quanto ao resto das forças armadas líbias, parecem estar gostando da carnificina. E se fazem assim com os seus, imagine você, leitor, com os outros. E o mundo se espanta com a crueldade líbia. Me engana que eu gosto!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Anticristo

Amr Nassef é âncora de telejornais da Al-Manar, o canal de TV do Hezbollah (agora no poder no Líbano), transmitido por satélite para o mundo islâmico, e proibido em quase toda a Europa, mas recebido em canais pagos nos nichos de imigração muçulmana na América Latina. No dia 11, após de mais de um minuto de "Allah Akbar" (Deus é Grande) o Nassef disse que o "faraó foi aniquilado, terminou a agonia e que, Deus é grande para todos vocês, seus tiranos e déspotas!" E continua: "A terra do Egito precisa ser purificada e agora eu vou contar um segredo - mais de 80 milhões de egípcios reconhecem você (Nasrallah), sua resistência (aos EUA e sionismo) e sua grandeza. Sayyed Nasrallah, você merece as maiores congratulações, por esta vitória e essa grande revolução."

Roubando judeus

Com lançamento previsto para 10 de março, o livro "Golden Harvest" (Colheita Dourada) já está causando polêmicas. O autor, Jan Tomasz Gross escreve sobre o saque e apropriação de bens, imóveis e empresas de judeus, por poloneses não judeus, durante o Holocausto. A intelectualidade polonesa está acusando o autor de preconceito contra os poloneses e planeja para o mesmo dia uma exposição sobre os poloneses que ajudaram os judeus durante o período. Mas a verdade é a verdade. Não ajudaram nos guetos, ajudaram a expulsar os judeus de suas casas para os guetos, não ajudaram nos levantes, não forneceram comida ou remédios para os guetos, não forneceram armas suficientes e nunca atacaram as tropas nazistas durante os levantes judaicos. Imagine a quantidade de imóveis, bens e negócios de 1/3 da população de um países sendo abandonados pelos judeus e ocupados imediatamente e saqueados pelos não-judeus, seus vizinhos que pouco os toleravam. E o escritor é que é preconceituoso.

Brasil no comando

Depois de assumir o comando-geral das forças de paz no Haiti, o Brasil coordenará a partir desta semana a Força-Tarefa Marítima (cuja sigla em inglês Maritime Task Force) no Líbano. O comandante escolhido é o contra-almirante Luiz Henrique Caroli. O Líbano passa por um momento de turbulência política, como outros países muçulmanos do Oriente Médio e do Norte da África, com ameaças de protestos e agravamento da instabilidade. O militar brasileiro vai comandar uma frota de oito navios de guerra de cinco nacionalidades - Alemanha, Turquia, Grécia, Indonésia e Bangladesh. Está em estudo a possibilidade de o contra-almirante comandar uma fragata com 3 mil navios. As informações são de militares e negociadores brasileiros, além da agência pública de Portugal, a Lusa.Desde de 1978, a Organização das Nações Unidas (ONU) mantém no Líbano uma missão de paz denomina Forças Interinas das Nações Unidas do Líbano (Unifil). O objetivo inicial foi garantir a retirada pacífica das tropas de Israel do Sul do Líbano e evitar conflitos entre os integrantes do Hezbollah e de Israel, além de dar apoio ao governo libanês para a consolidação do poder na região.

Perigo à vista!

O Conselho de Segurança Nacional de Israel advertiu para um aumento do risco de atentados contra israelenses na Venezuela e em outros países do mundo por causa do aniversário da morte de dois dirigentes do Hezbollah. O escritório, ligado ao primeiro-ministro israelense, recordou que, em fevereiro de 1992, foi morto Abbas Mussawi, secretário-geral do Hezbollah. Em fevereiro de 2008, em Damasco, Imad Mughniyeh, chefe militar do grupo, morreu na explosão de um carro-bomba. A organização libanesa responsabiliza Tel Aviv pelas duas mortes, que por sua vez nega a acusação. Para o Conselho israelense, existe um risco de atentados contra israelenses principalmente nessa semana em países como Venezuela, Egito, Turquia, Azerbaijão, Geórgia, Armênia, Costa do Marfim, Mali e Mauritânia. As autoridades recomendaram que os israelenses que se encontram nestes países consultem os responsáveis locais pela segurança nacional.

Roubo no museu

O anúncio foi feito pelo diretor nacional de arqueologia, Zahi Hawass, que oito peças de grande valor foram roubadas do museu Egípcio no Cairo. Outras 70 já haviam sido danificadas anteriormente, desde o início da onda de protestos na Praça Tahrir, que é próxima ao museu.

Funcionários do governo egípcio constataram o roubo durante um inventário do centro cultural.

O Museu Egípcio é o mais importante do país. Sua coleção é composta por cerca de 130 mil objetos de antiguidades reencontradas em escavações.

Entre as mais importantes estão artefatos das tumbas dos faraós e de membros da família real.

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Luiz Fux, um judeu no STF

O STF vai ter um judeu de carreira. A presidente Dilma Roussef indicou para a vaga de número 11, do aposentado ministro Eros Grau, em aberto há mais de seis meses o Ministro do STJ Luiz Fux.

Com um currículo invejável na área direito, 21 livros escritos, doutorado em 1977, alçado a desembargador do TJ-RJ em 1997 e Chefe do Departamento de Direito Processual da UERJ, Fux nasceu em 1953, neto de exilados judeus romenos que escaparam da barbárie nazista. Seus avós, já casados imigraram em momentos diferentes, tendo ficado três anos separados. A avó veio primeiro.

No Brasil, seu avô, como tantos judeus imigrantes sem profissão e sem conehcer a língua foi klientshik vendendo roupas para pessoas de baixa renda e assim constituiu, sustentou e formou sua família. O pai de Luiz Fux era contador e conseguiu se formar em direito e exercer a advocacia já bem mais velho.

Os judeus da geração dos avós de Luiz Fux eram pessoas que não se abalavam e criaram as instituições judaicas brasileiras. O avô assumiu a direção de um dos lares de idosos no Rio de Janeiro e sua avó foi presidente do Lar das Crianças Israelitas, numa época em que a realidade das crianças judias sem pais, separadas pelas fugas e imigração, ou sobreviventes da perseguição nazista era dura e cruel.

O Ministro Luiz Fux é um frequentador da sinagoga Beit Lubavitch do Rio.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Voando para a liberdade

A Operação Moisés vai chegar ao fim após 27 anos. Era o ano de 1984 quando a fome assolava o Sudão e Etiópia e o Rei Haile Selassye, o Leão de Judá, não estava mais no poder (até 1974). Cerca de 25.000 judeus etíopes, descendentes diretos dos tempos do Rei Salomão iniciaram uma terrível marcha de fome da Etiópia para o Sudão. Estima-se que 4.000 morreram pelo caminho, mas 8.000 chegaram, e numa ponte aérea sem precedentes, aviões israelenses os levaram para Israel. A operação corria em segredo até o então primeiro ministro Shimon Peres, comunicar à imprensa. Os países árabes pressionaram o Sudão e a operação se encerrou faltando embarcar mil judeus. Alguns anos depois, 1.000 crianças judias separadas de seus pais na Operação Moisés, foram levadas para Israel na Operação Josué e em 1991 outros 14 mil Falash Mura foram trazidos na Operação Salomão. Este esforço de décadas vai terminar agora, pois os últimos 1.500 judeus etíopes estão chegando em casa. É um futuro real para estas pessoas que estão numa das regiões com mais conflitos e miséria da África. Israel e os judeus continuam sendo os únicos a salvar negros africanos e dar-lhes vida e futuro. No rosto das moças, o choro da felicidade no Aeroporto Ben Gurion.

Palácio dos Judeus no Jordão

Há um momento dentro da liturgia cristã que poucos conseguem participar. O evento se chama Epifânia e celebra o batismo de Jesus no Rio Jordão. Isso ocorreu há mais de 2.000 anos numa área aprazível do Rio Jordão perto de Jericó, região que está sob controle total palestino há quase 20 anos sem registro de incidentes. Não há incidentes, bem como em mais de 90% das colônias e cidades da Judéia e Samária porque existe uma decisão política palestina de conviver em paz. Este ano mais de 15.000 peregrinos cristãos de dezenas de países entraram em Israel e foram a Qasr el Yahud celebrar seus rituais sem o mínimo problema, aliás, como ocorre há décadas.

E se você esta achando o nome árabe do local meio esquisito, é bom ficar sabendo que sua tradução é "Palácio dos Judeus", nome que vem do aramaico/hebraico, passou pela dominação romana, séculos depois pelas dominações babilônicas, islâmicas, cruzadas e otomanas e se mantém até hoje como o "Palácio dos Judeus".