terça-feira, 23 de outubro de 2012

Avenida Brasil e Mensalão

Ninguém poderia esperar por um final de outubro tão movimentado. Carminha, Lewandovsky, Max, José Dirceu, Leleco, Marcos Valério, Suellen, Joaquim Barbosa, Tessália, Genoíno, Divino, PT, PSDB, são nomes e siglas que estão mexendo, neste momento nacional tupiniquim, com o imaginário popular.

Quem matou Max, terá sido Delúbio?

Quem lavou dinheiro, terá sido Mãe Lucinda do lixão?

Quem sequestrou Tufão, poderia ter sido Waldemar do PL?

Quem condenou os políticos por formação de quadrilha, terá sido Nina?

A verdade é que ficção e realidade estão caminhando passo a passo e lado a lado nos tribunais e pela televisão, dando ao povo uma sinalização de que há algo que pode estar começando a mudar neste Brasil de atitudes políticas não tão republicanas, mas que parece querer se passar a limpo, a partir da denúncia social pelos meios de comunicação e pela ação de magistrados comprometidos com os melhores destinos da nação e não com a vassoura que varre para debaixo do tapete, já há muito, toda a enorme quantidade de lixão acumulada no interior de nossas fronteiras de norte a sul, de leste a oeste, desde que em nossa costa, começaram faz quinhentos e poucos anos, a aportar as naus portuguesas, trazendo para os índios nativos, os hábitos judaico-cristãos, oriundos das terrinhas de além mar.

Desde o imperador que se lambuzava com frangos gordos e bem assados, passando por Fio Maravilha e ancorando em Roberto Jefferson, nunca dantes na história deste país, a sociedade se deparou com togas que condenam com tamanha veemência, vizinhas de togas que absolvem os mesmos antes condenados, com tanta parcimônia.

Tudo isto é verdade. O que sei é que se Nelson Rodrigues levantasse da cova onde descansa em paz, certamente, antes de seu tricolor ser campeão brasileiro ou não, iria declarar que nosso complexo de vira-latas está sendo triturado pela modernidade.

Não tenho bola de cristal, por isso mesmo, não sei onde todas estas balsas inusitadas vão ancorar. Por outro lado, estou verificando nas ruas, nos botequins, nas bancas de jornal, nas padarias e nas esquinas que a nação se regozija com a possibilidade de ver punidos aqueles cujos colarinhos além de serem brancos, são também donos de punhos de rendas que aplicam em suas almas para receberem as benesses só oferecidas aos poderosos, mas que parece, estão se transformando em pastilhas de fel.

Estou atento. Espero que estes eventos reais e ficcionais sirvam de parâmetro para um novo comportamento social e que o Brasil e nossa sociedade possam se servir destes novos exemplos, na busca de um país igual para todos os seus cidadãos, sem preconceitos, sem humilhações, sem desníveis, com educação, com saúde disponível, com segurança, com empregos e com tranquilidade para todos os brasileiros, do Oiapoque ao Chuí.

Assim tenho dito e que assim seja!

Ronaldo Gomlevsky

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