terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"Mui hermanos mussulmanes"

Os egípcios parecem formados e educados num formato que exclui qualquer possibilidade deles entenderem o que é Israel, o que são os judeus e o que é o ocidente. Fruto, em parte da convivência com nazistas no pós-guerra, depois, devido à dominação soviética e sua propaganda até o final dos anos 1980, depois, obra da influência islâmica radical. Acabou de renunciar um recém-empossado assessor pessoal do presidente Morsi. O discurso que o fez ser removido do cargo é kafkiano, mas verdadeiro para ele e talvez para muita gente lá. Simplesmente, o Essam al Erian chamou os judeus nascidos no Egito e seus descendentes para voltar ao país e com isso deixar Israel para os palestinos. Ele conclamou todos os outros judeus a simplesmente irem embora de Israel de volta a seus países de origem deixando tudo lá para os palestinos. Não fosse o pronunciamento oficial de um homem que assessora diretamente o presidente do Egito e está na cúpula política da Irmandade Muçulmana, sendo vice-presidente do partido no poder e chefe da bancada no parlamento (70% das cadeiras) seria bizarro. Mas não é. Ele representa um país que expulsou todos os seus judeus nos anos cinquenta, que propangandeou por diversas guerras que os judeus de Israel seriam afogados no Mediterrâneo, portanto vê como lógica outras expulsões e saídas voluntárias de judeus de outros países, e por que não, de Israel.

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